FONTE: EXPRESSO
Com uma só exceção, os estudantes guineenses que se encontravam retidos no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foram esta terça-feira autorizados a entrar em território nacional. Em comunicado, a PSP anunciou que, após verificados "os requisitos exigidos pela legislação em vigor, a decisão de recusa de entrada foi revogada em todos os casos em que se confirmou o cumprimento integral das condições aplicáveis". O único guineense dos 41 travados na fronteira aérea que não poderá ingressar em solo português não apresentava "os requisitos legais necessários". Trinta já foram libertados.
No comunicado, a PSP divulga ter confirmado que os cidadãos em causa estão de facto inscritos em instituições de ensino superior portuguesas e afirma que só acedeu a essa informação depois de ter sido pedida a reapreciação dos casos.
Na segunda-feira, o grupo de estudantes guineenses viu recusada a entrada no país pelo serviço de imigração do aeroporto de Lisboa. Apesar de os 41 cidadãos virem munidos de passaporte guineense e de um visto de estudante emitido pelos serviços consulares portugueses da Guiné-Bissau, tal não foi considerado suficiente pelas autoridades imigratórias nacionais, que exigiram mais documentação e informações, nomeadamente um termo de responsabilidade e o nome das universidades públicas portuguesas onde iriam estudar.
A informação foi avançada à agência Lusa por Eliseu Sambú, coordenador do departamento de comunicação da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa (AEGBL), que desde quinta-feira tem vindo a acompanhar a situação. Recorde-se que os estudantes aterraram em Lisboa em dois grupos, o primeiro na sexta-feira, de 31 pessoas, num voo da Air Atlantic, e o segundo no sábado, com dez pessoas que chegaram num voo da TAP.
Os 41 estudantes tinham até sexta-feira para apresentar a documentação solicitada, caso contrário seriam repatriados.