domingo, 19 de maio de 2024

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LGDH em contactos para libertação dos detidos

 


PRS - Presidente Fernando Dias responde às perguntas dos jornalistas

 


PRS - Presidente Fernando Dias está imparável

 


NOTA DE SOLIDARIEDADE E DE PROTESTO

Por: Umaro Djau , Deputado da Nação

Ontem, 18 de Maio de 2024, a Guiné-Bissau deu mais um retrocesso na sua tentativa de consolidação democrática.

A violenta repressão policial testemunhada nalguns pontos do país contra manifestações ordeiras e pacíficas organizadas pela Frente Popular é mais um marco sombrio nas três décadas da prática democrática no país.
Através das redes sociais e de outras plataformas de informação, testemunhamos ou ouvimos relatos sobre abusos de autoridade, detenções ilegais, torturas, ferimentos graves e hospitalizações.
De acordo com as organizações de direitos civis, mais de 70 pessoas encontram-se detidas em condições que se desconhece e sem nenhuma possibilidade para uma assistência médica ou jurídica.
Na minha qualidade do Deputado da Nação (e da Região de Gabú, em particular), solidarizo-me com os indivíduos em detenção, hospitalizados ou em partes incertas, em resultado dessa violenta acção policial.
A minha atenção recai particularmente sobre os citadinos de Gabú, nomeadamente Djibril Bodjam, Henrique Demba Candé e Queba Cassamá.
De referir que este grupo de activistas foi interpelado pela polícia local enquanto realizava uma conferência de imprensa numa residência privada em Gabú, numa clara violação domiciliária, para além de constituir uma afronta contra outros direitos, liberdades e garantias constitucionais.
Aliás, a Constituição da República da Guiné-Bissau, em harmonia com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, defende o seguinte:
1. A integridade moral e física dos cidadãos é inviolável... e ninguém deve pode ser submetido à tortura, nem a tratos cruéis (Artigo 37);
2. Todo o cidadão goza da inviolabilidade da sua pessoa... e ninguém pode ser total ou parcialmente privado da liberdade, na ausência de uma sentença judicial condenatória a pena de prisão ou de aplicação judicial de medida de segurança (Artigo 38);
3. O Estado reconhece o direito do cidadão à inviolabilidade do domicílio, excepto em matéria de processo criminal (Artigo 48);
4. Os cidadãos têm o direito de se reunir pacificamente em lugares abertos ao público, nos termos da lei... e aos cidadãos é reconhecido o direito de se manifestar, nos termos da lei (Artigo 54);
5. Por último, as acções policiais de ontem fizeram uma vista grossa ao facto de que quaisquer leis restritivas de direitos "devem limitar-se ao necessário para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos" (Artigo 30, ponto 3).
Termino, lembrando ao Estado guineense que ele é civilmente responsável pelas acções e omissões practicadas pelos seus agentes no exercício das suas funções (Artigo 33).
Assim, apelo ao bom senso das autoridades guineenses no sentido da libertação imediata dos detidos e na assistência aos protestantes internados em diferentes unidades hospitalares do país.
Às organizações civis expresso a minha total solidariedade pelos sacrifícios consentidos na defesa pacífica e ordeira dos direitos fundamentais da cidadania.

Manifestação de guineenses "obrigou regime a demonstrar a face mais violenta"

FONTE: RFI 


A Liga Guineense dos Direitos Humanos confirma a detenção de mais de 70 pessoas, alertando para as "más condições de detenção" e para o facto de algumas pessoas "precisarem de assistência médica urgente". Um dos organizadores das manifestações de sábado, o activista guineense Sumaila Jaló, denuncia detenções "desumanas".

Mais de 70 pessoas foram detidas este sábado, 18 de Maio, em Bissau, Gabú e Buba. As detenções aconteceram durante as manifestações convocadas pela plataforma Frente Popular.


"O que está a acontecer é a continuidade do carácter ditatorial e autoritário do regime político e governativo encabeçado por Umaro Sissoco Embaló na Guiné-Bissau. Era preciso um levantamento popular desta dimensão, que mobilizou guineenses não só na cidade capital Bissau, mas também no interior do país e em diferentes cidades onde se encontram guineenses a viver, nomeadamente em Portugal e em França. Este levantamento obrigou o regime a demonstrar a face mais violenta da sua prática autoritária, tendo sido presas várias pessoas que se mobilizaram com a Frente Popular, não só em Bissau. Houve duas pessoas detidas em Gabu e outras duas pessoas detidas em Buba", descreve o activista.


Sumaila Jaló lembra que nestas duas localidades do interior da Guiné-Bissau, "as pessoas se mobilizaram para denunciar a fome e a perda de poder de compra dos produtos fundamentais para a alimentação das famílias guineenses".


A Liga Guineense dos Direitos Humanos confirma a detenção de mais de 70 pessoas, alertando para o facto de haver pessoas a precisar "de assistência médica urgente". Segundo o activista guinnense "há também uma pessoa que está grávida e a quem não é admitida a saída das celas para cuidar do seu feto. Estamos perante um acto desumano, um acto inqualificável".


Questionado sobre a ausência de pronunciamento por parte de responsáveis políticos guineense, o activista acredita que seja "premeditado", explicando que as autoridades mandaram "bloquear todos os acessos aos manifestantes, bloquearam todas as vias públicas para impedir os ajuntamentos e impedir que os órgãos de comunicação social tivessem como registar a brutalidade e a violência perpetrada sobre os manifestantes em Bissau, em Gabu e em Buba. Este cerco à comunicação social também representa o autoritarismo porque a imprensa, fazendo o seu trabalho, ajudaria a compreender a dimensão da violência exercida sobre os manifestantes que se mobilizaram de forma pacífica, cumprindo todas as exigências legais para a realização da manifestação".


Sumaila Jaló acredita que o regime não esteja "interessado em falar porque a imprensa o confrontaria com questões em relação aos presos que foram conduzidos para as celas da Segunda Esquadra de Bissau , de forma ilegal, contra todas as leis existentes no país. A imprensa, os movimentos sociais e todas as vozes que não se alinhem com o autoritarismo serão silenciadas", concluiu.

Rede dos Defensores dos Direitos Humanos

Leia o comunicado na íntegra > AQUI


Nô Misti Son Liberdadi (Sidónio Pais 'Sidó')

 


Nô misti son liberdadi

Na nô terra (...)

Bô darma iagu

na portas N'na

Pa nô liberdadi

bo dismarranu correntes na mon

Pa nô para sufri

Bô nhabi nô kurpus tambi

Pa nô para sufri (...)

FRENTE POPULAR DENUNCIA DETENÇÃO DE ACTIVISTAS EM BISSAU E NAS REGIÕES

FONTE: O Democrata 

A Frente Popular (FP) denunciou a detenção de cerca de três dezenas dos seus activistas em Gabu, em Buba e em Bissau, onde se encontra a maior parte dos detidos nas celas da Segunda Esquadra, junto das instalações do Ministério do Interior. 

O movimento social que congrega várias sensibilidades da sociedade civil guineense realizou ontem, 18 de maio de 2024, numa manifestação pacífica, em Bissau e em diferentes localidades do interior da Guiné-Bissau, pela defesa da democracia e contra aquilo que chama “autoritarismo instalado nas instituições do Estado”. 

A FP mobilizou-se para a manifestação nacional de forma pacífica em diferentes localidades do país, na sequência da qual vários cidadãos e dirigentes do movimento foram arbitrariamente detidos, para além de lhes serem negados quaisquer contactos com familiares e/ou advogados” denunciou uma nota informativa consultada pelo O Democrata. 

Entre os cidadãos presos e submetidos à tortura física e psicológica, encontram-se Armando Lona (um dos coordenadores da organização), Mansata Mónica Silá (presidente da Associação Juvenil para a Promoção e Defesa dos Direitos Humanos), Beto Oliveira Lopes (Bastonário da Ordem dos Enfermeiros), entre outros activistas e dirigentes de organizações da sociedade civil reunidas na Frente Popular” revelou, lembrando que a realização desta manifestação nacional cumpriu todos os procedimentos impostos pela Lei de Manifestação e de Reunião, tendo sido informados o Ministério dos Transportes e Comunicações, a Câmara Municipal de Bissau e o Ministério do Interior, cujos serviços supostamente recusaram receber a missiva informativa da organização. 

Por isso, a organização exige do Ministério do Interior e do governo de iniciativa presidencial a imediata e incondicional libertação de todos os activistas e cidadãos detidos em Bissau, Buba e Gabú, na sequência da manifestação nacional realizada ontem.

Alertou também a opinião pública nacional e internacional, todas as forças vivas da nação e as entidades representantes dos organismos internacionais sediados na Guiné-Bissau face à “alarmante degradação da democracia no país, por consequência de um regime ditatorial há mais de quatro anos instalado no poder”.

Por fim, a Frente Popular apela à resistência e mobilização do soberano povo da Guiné-Bissau pela defesa dos valores da liberdade, pelo seu direito de viver na paz e na dignidade e pela defesa da democracia enquanto alicerce para construir, ele mesmo, o seu progresso a todos os níveis

A FP reafirma a sua determinação de continuar o combate pelo resgate da República e da democracia, pela dignidade do povo guineense e contra a ditadura a ser consolidada na Guiné-Bissau” concluiu a nota. 

MADEM-G15 - "Presidente da República está a desviar-se das suas competências", diz porta-voz

FONTE: VOA

Porta-voz do partido reitera que o secretário de Estado da Ordem Pública arrombou a sede do MADEM-G15 em Gabú que continua na posse dele

 

Como a Voz da América informou na altura, ainda segundo aquele partido, Monteiro realizou um comício em nome da formação política, "numa clara e ilegal campanha eleitoral de apoio ao atual Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló".

O governante reagiu desafiando o coordenador do partido, Braima Camará a "render-se" e membros no Governo que não estão em sintonia com o Presidente da República a demitir-se.

Em entrevista à Voz da América, o secretário para Assuntos Políticos e Institucionais e porta-voz do MADEM-G15 reafirma o assalto e diz que Umaro Sissoco Embaló distanciou-se das suas competências.

Gibril Baldé reitera a acusação contra o secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Monteiro.

"Estão aí as provas, temos vídeo, arromabaram, sim, as portas, confessaram ter arrombado as portas, estão aí, até hoje ainda a sede está com eles", reitera Baldé, quem diz ter feito diligências junto das autoridades competentes para que a sede seja devolvida, de forma pacífica ao MADEM-G15.

Quanto ao desafio lançado pelo governante de que quem não está alinhado com o Presidente da República deve deixar o Governo, o porta-voz do segundo partido mais votado nas legislativas de 4 de junho de 2023 afirma que as pessoas do MADEM-G15 que se encontram no Executivo foram convidadas a nível pessoal.

"São da confiança exclusiva do Presidente, foram por ele escolhidas. Não foi o MADEM que escolheu essas pessoas para estarem lá e caberá a essas pessoas acompanharem o partido na sua agenda ou assumirem como cidadãos e continuarem no Governo se quiserem", sustenta aquele responsável, lembrando que "isto não está a acontecer apenas com o MADEM”.

"O PAIGC tem lá altos dirigentes, o próprio primeiro-ministro é um alto dirigente do PAIGC, estão lá altos dirigentes do PRS e de outros partidos", aponta Gibril Baldé.

Umaro Sissoco Embaló foi um dos fundadores e vice-coordenador do MADEM-G15, partido que desde a primeira hora o apoiou, mas o porta-voz daquela formação política admite grandes divergências com o Presidente da República.

Baldé reitera que o MADEM-G15 "tem uma agenda própria, de um partido político, o Presidente devia ser o Presidente de todos os guineenses a partir do momento em que foi eleito, mas nós entendemos que neste momento está a desviar-se das suas competências, não está a cumprir com as suas obrigações constitucionais".

Por isso, "o MADEM-G15 se assume como organização política discordando com a condução do Presidente".

A Voz da América tentou, em várias ocasiões e durante alguns dias, falar com o secretário de Estado da Ordem Pública, Jose Carlos Monteiro, e com o porta-voz da Presidência, mas não houve qualquer reacção.

FRENTE POPULAR: PAIGC condena a repressão na manifestação

 


Apoio e condenação

 


Vigília hoje de manhã (domingo) em frente às instituições da segunda esquadra de Bissau para exigir a libertação dos cerca de 70 manifestantes detidos no dia 18/05. Nesta ação que foi dispersa, Ioio João Correia da Frente Sindical foi detido.



sábado, 18 de maio de 2024

Manifestações pela liberdade: "Poder na Guiné-Bissau está na ponta do fuzil"

FONTE: RFI

O movimento cívico Firkidja di Púbis e a plataforma Frente Popular organizam este sábado, 18 de Maio, manifestações na Guiné-Bissau, em Portugal e em França. As marchas decorrem sob o lema "Pelas liberdades democráticas e contra a ditadura na Guiné Bissau". O activista guineense Yussef defende que "nenhuma força opressora pode fazer face ao levante de um povo consciente".


RFI: Estão previstas para este sábado várias manifestações na Guiné-Bissau, Portugal e França. Que manifestações são estas?


Activista Yussef: Estamos a falar do movimento que foi criado em Março, no dia 23 de Março na Guiné-Bissau, e que tem uma dimensão muito para além da dimensão étnica ou religiosa, muito para além da dimensão regional. Este movimento tem uma dimensão nacional e tem como objectivo denunciar mais uma vez os atentados às liberdades democráticas na Guiné-Bissau; desde as liberdades de pensamento, de reunião, de crítica à liberdade de imprensa. Este colectivo chegou à conclusão, depois da tomada de poder do senhor Umaro Sissoco Embaló que tem havido um retrocesso a nível das liberdades democráticas. Não são retrocessos quaisquer, são retrocessos civilizacionais. Perante este estado de coisas, perante este esvaziamento das instituições da Guiné-Bissau, das instituições políticas e jurídicas, houve a necessidade, de alguma forma, de um sobressalto patriótico, um sobressalto patriótico de estudantes e trabalhadores que visam não só denunciar o que se passa na Guiné-Bissau actualmente, mas também exigir que se volte a um determinado quadro constitucional para que realmente as instituições possam, no mínimo, voltar a funcionar como no período anterior. Isto significa um determinado número de exigências. Por exemplo, reivindica-se a realização de eleições, não legislativas, mas sim presidenciais, respeitando a Constituição. Exige-se, por exemplo, a reabertura da Assembleia Nacional Popular. O órgão legislativo que neste momento está fechado por imposição do senhor Umaro Sissoco Embaló. Exige-se, por exemplo, que o Supremo Tribunal de Justiça, um órgão ligado ao poder jurídico, volte a funcionar de forma minimamente normal, respeitando a Constituição. Relembramos que, por exemplo, o Supremo Tribunal de Justiça foi invadido o ano passado por forças encapuzadas, armadas e até hoje não se sabe exactamente de onde vieram. Isto porquê? Porque a Presidência da República não assumiu a responsabilidade por essa invasão. As Forças Armadas tão pouco e, ao mesmo tempo, o governo na altura também não  conseguiu parar essa mesma força que invadiu o Supremo Tribunal e impôs um novo presidente do Supremo Tribunal. É preciso lembrar que o presidente do Supremo Tribunal na altura, o senhor Pedro Sambú redigiu uma carta onde dizia explicitamente que foi coagido a apresentar a sua renúncia. Este é o estado de coisas na Guiné-Bissau. Actualmente, o poder Legislativo não existe porque a Assembleia foi encerrada por indicação do senhor Umaro Sissoco Embaló. O Supremo Tribunal está a arrepio da Constituição e foi imposto um novo presidente, por indicação do Presidente da República. Ao mesmo tempo, não existe um governo conforme a Constituição. O governo que existe é de iniciativa presidencial, algo que não existe na Constituição da Guiné-Bissau. Podemos dizer que o poder na Guiné-Bissau está na ponta do fuzil.


O que explica esta inexistência gradual das instituições na Guiné-Bissau?


O que explica é uma tentativa do Senhor Umaro Sissoco Embaló e dos interesses que representa a nível nacional e internacional, nomeadamente interesses económicos, de impor uma ditadura na Guiné-Bissau, uma ditadura das elites, uma ditadura que visa esvaziar todo um conjunto de liberdades democráticas que o povo da Guiné-Bissau conseguiu [conquistar] desde o período da luta de libertação nacional até aos dias de hoje. No sentido exactamente de amordaçar qualquer possibilidade de crítica na Guiné-Bissau. O senhor Umaro Sissoco Embaló tem vindo a dizer, variadíssimas vezes, por vezes de uma forma explícita, outras de uma forma implícita, que na verdade, ele é o único chefe. Isso lembra-nos um pouco o que existia na França absolutista, quando um monarca dizia que se o "Estado sou eu", não é? O povo da Guiné-Bissau neste momento está a lutar contra o autoritarismo do Estado, contra o absolutismo e, historicamente, uma das formas que os povos arranjaram, no sentido de combater o absolutismo, foi através da emanação de uma Constituição. É a Constituição que limita os poderes do Estado. É a Constituição que limita os poderes dos agentes políticos. Na Guiné-Bissau, neste momento vemos esta luta de um senhor que quer ser autocrata, que tem interesses a nível nacional e internacional. E neste tempo o povo da Guiné-Bissau coloca-se de pé para dizer que a nossa luta de libertação nacional, que durou 11 anos, que nos custou suor e sangue, não pode permitir o retrocesso a nível das nossas liberdades democráticas. Esta é a luta com o povo da Guiné-Bissau neste momento quer assumir através desta marcha que vai acontecer não só em Bissau, mas em todas as regiões da Guiné-Bissau, mas também aqui na diáspora, tanto em Lisboa como em Paris, porque nos vemos como uma extensão do povo da Guiné-Bissau, mas que neste momento está na diáspora.


Como é que interpreta esta contra-manifestação que foi também marcada para este sábado, indicando que o povo guineense está dividido?  


Historicamente, muitas vezes num determinado território nós podemos ter povos e habitantes. Obviamente que há aqui uma visão política destas categorias. Normalmente, os povos definem o progresso das suas sociedades. Por progresso creio que há um consenso, falamos de educação pública, falamos de saúde pública, falamos das várias liberdades democráticas, falamos de liberdade de imprensa,. Falamos de todo um conjunto de elementos que consensualmente consubstanciam o progresso de uma sociedade. E normalmente, os povos estão na vanguarda para defender isso. A contra-manifestação que foi anunciada, está a ser enunciada por indivíduos que defendem a autoridade do Estado. Neste momento, na Guiné-Bissau, falar de autoridade de Estado significa falar do absolutismo do senhor Umaro Sissoco Embaló e dos interesses económicos nacionais e internacionais que o sustentam. Ou seja, nós estamos a falar de indivíduos que estão contra a história do progresso, estão contra a história de luta de libertação nacional da Guiné-Bissau, estão contra a evolução civilizacional do povo da Guiné-Bissau, ou seja, em última análise, estamos a falar de habitantes e de indivíduos desprovidos de consciência política e histórica do que foi a construção da Nação de Guiné-Bissau e que, infelizmente, se deixam manipular por interesses que, em última análise, também vão contra os seus interesses a longo prazo. Eventualmente não a curto médio prazo porque provavelmente receberão oferendas várias para vir com este discurso, com o qual são neste momento, mas a longo prazo eles também são vítimas da situação que se vive na Guiné-Bissau. Porque quando não existe educação pública, o povo da Guiné-Bissau é afectado. Quando não existe saúde pública. O povo da Guiné-Bissau é afectado. Quando existe um retrocesso ao nível das liberdades democráticas, poderá chegar um momento em que estes indivíduos poderão querer criticar o regime no poder e não conseguirão. A história recente da Guiné-Bissau é indicador disso, os partidos que apoiaram o senhor Umaro Sissoco Embaló, estamos a falar, por exemplo, do PRS, do Madem G15, recentemente foram vítimas deste absolutismo. Num primeiro momento apoiaram o senhor Umaro Sissoco Embaló e depois foram vítimas deste mesmo regime, foram violentados psicologicamente e fisicamente. Eu lembro que o coordenador do partido, Madem-G15, veio recentemente, chegado a Bissau, dizer que estava contra o absolutismo do senhor Umaro Sissoco Embaló. Mas foi este mesmo senhor Braima Camará que apresentou o senhor Umaro Sissoco Embaló à Guiné-Bissau. Foi este mesmo Braima Camará, enquanto coordenador do Madem G15, que apoiou o senhor Umaro Sissoco Embaló. Estes indivíduos que actualmente se organizam para realizar uma marcha, eventualmente, daqui a algum tempo, poderão também ser vítimas deste regime. Em Lisboa, a manifestação irá começar às 17h30 e o objectivo é apelar a todos os guineenses que possam estar presentes, no sentido de denunciar o que se passa na Guiné-Bissau, no sentido de denunciar a fome, igualmente. É preciso também denunciar a ditadura da monocultura da castanha de caju que nos foi imposta desde a década de 80, que não permite um desenvolvimento verdadeiro da nossa economia. Faz com que neste momento haja uma situação de fome, na medida em que a castanha de caju, ao preço com que está a ser vendida, não permite depois a compra de arroz, que é a base da alimentação ainda do povo da Guiné-Bissau. Há também esta situação que deve ser denunciada, a da penúria da nossa economia que tem consequências, obviamente, na nossa saúde. Há todo um estado de coisas a nível político, a nível jurídico, a nível económico, a nível social, isolado, que tem de ser denunciado e é isso que nós vamos tentar fazer, fazendo eco das manifestações que irão ocorrer em toda a Guiné-Bissau.


Acredita que vai ser possível de manifestar sem repressão, como temos vindo a assistir nas últimas manifestações?


Sim, nós neste momento estamos num período de resistência. A resistência faz-se como reacção a alguma coisa, nós estamos a resistir perante a opressão. Então é normal que a opressão continue a dar lugar. Mas nós, enquanto guineenses conscientes do momento histórico que o nosso país vive, aquilo que nos cabe fazer é resistir, resistir com todos os elementos que nós temos disponíveis neste momento. Resistir com a nossa consciência política, resistir com a força do povo guineense que na verdade é a maior força que nós temos neste momento para fazer face à opressão que certamente irá existir. A questão é: nós acreditamos piamente que nenhuma opressão pode fazer face ao levante de um povo consciente. A história da Guiné-Bissau está aí para o provar. Nós baseamo-nos na nossa história, baseados na nossa dignidade enquanto homens e mulheres. Nós estamos prontos para fazer face a qualquer opressão que possa levantar-se nos dias que se vão seguir.


FRENTE POPULAR - Diáspora guineense manifesta em Paris

FONTE: RFI

A diáspora guineense juntou-se ao côro de protestos contra as perdas de liberdades democráticas na Guiné-Bissau, numa manifestação que percorreu na tarde deste sábado, 18 de Maio, algumas artérias de Paris, como explica à RFI um dos seus organizadores, Iaia B. Djassi.


O cidadão guineense começou por se mostrar surpreendido pela amplitude da mobilização por parte da diáspora guineense em Paris. De acordo com Iaia B. Djassi, “estavam presentes [na manifestação] entre 200 a 250 pessoas”.


"O número de pessoas superou as expectativas, demonstrando que a maior parte da população na diáspora está sensível ao que se passa na Guiné-Bissau, onde a situação está à beira do caos", descreveu.


Iaia B. Djassi explicou que a Guiné-Bissau tem "um parlamento eleito há menos de um ano e, o governo simplesmente [por motivos pessoais], derrubou esse parlamento e não quer trabalhar com ninguém. Quer implementar uma ditadura no país.”


Em Paris, os manifestantes exigem, ainda, “a liberdade para os presos políticos e os militares feitos prisioneiros por motivos que mesmo eles [as forças ao serviço de Sissoco Embaló] não conseguem justificar.”


Um dos objectivos da manifestação era reclamar o “retorno da ordem constitucional, com o parlamento no mínimo a funcionar na sua plenitude", além de exigir a "organização de eleições presidenciais que, normalmente devem ter lugar no mês de Novembro, no máximo”.


Quanto à busca de novas alianças no exterior, por parte do actual Presidente guineense, nomeadamente com a sua recente visita e assinatura de acordos militares com a Rússia, Iaia B. Djassi, considera que Umaro Sissoco Embaló “está a perder aliados que tinha aqui no Ocidente, devido à ditadura que está a querer implementar no país".


A Guiné-Bissau está "a perder apoios, não tem outra alternativa senão juntar-se à Rússia. Todos nós sabemos como é que Putin [e a Rússia] vêem a democracia", acrescentando que "mesmo a França que tinha anteriormente sido sua aliada, deixou de o ser porque só quem é cego não consegue ver o que está a acontecer na Guiné-Bissau".


"Nenhuma instituição funciona, as rádios foram todas fechadas. É proibido organizar manifestações no país. Está tudo em contra-corrente, contra a herança histórica da Guiné-Bissau, um país que obteve a sua independência através de uma luta armada liderada por jovens que se bateram pela liberdade da Guiné. O exemplo de Amílcar Cabral faz da Guiné-Bissau uma referência e, hoje em dia, infelizmente, estamos a perder isso”, concluiu.

MANIFESTAÇÃO - FRENTE POPULAR: Membros da LGDH estão entre os detidos

FONTE: LGDH

Dois corajosos ativistas e funcionários da LGDH,   Fazem parte da lista de dezenas de detidos pela polícia, na sequência da manifestação organizada hoje pela Frente Popular.

Os Senhores Eliseu Aguinaldo da Silva responsável da logística e Mindo Quadé Assistente Administrativo e Financeiro, foram detidos hoje quando participavam na manifestação pacífica que visava denunciar a degradação da democracia e do estado de direito na Guiné-Bissau.

A Direção da LGDH não tem poupado esforços com vista à libertação imediata e incondicional de todos os detidos.

A Liberdade de manifestação é um direito com dignidade constitucional, por conseguinte, não carece de autorização de quem quer que seja.

Por isso, a LGDH exige a libertação imediata de todos os detidos.

#Liberdade
#Democracia
#Estadodedireiro

PRS - Conferência de imprensa do presidente Fernando Dias

Ver vídeo 👇


 

Manifestações pelas liberdades democráticas na Guiné-Bissau

FONTE: RFI

Veja o vídeo da conferência de imprensa da LGDH > AQUI

Pelo menos 20 activistas políticos teriam sido detidos hoje pela polícia em diferentes pontos da Guiné-Bissau.

Dois dos detidos são Armando Lona, líder da Frente Popular e Mansata Silá, a presidente da organização de jovens que luta pelos direitos humanos em Bissau.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos denunciou o que classifica de onda de prisões arbitrárias por parte da polícia que proíbe que cidadãos manifestem a sua indignação pela governação do país.

A Liga critica a acção da polícia e sobretudo do secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo, de quem partiu a ordem de detenção dos manifestantes que hoje tentaram sair às ruas de diferentes cidades da Guiné-Bissau.

Entre os manifestantes detidos estaria o bastonário da ordem dos enfermeiros, uma vez que alguns profissionais daquela classe aderiram aos protestos da Frente Popular.

A Liga diz que Armando Lona e Mansata Sila teriam sido agredidos pela polícia, que os conduziu para as celas da Segunda Esquadra em Bissau.

A mesma situação teria acontecido com os cabecilhas dos protestos em Gabú, no leste do país.

A RFI está a tentar obter uma reacção da Secretária de Estado da Ordem Pública.

FORÇAS DE SEGURANÇA DETIVERAM DEZENAS DE MANIFESTANTES EM BISSAU

FONTE: Rádio Sol Mansi

As Forças de Segurança impediram a manifestação pacífica agendada para este sábado pela “Frente Popular”.
Homens fardados e a mando do ministro do Interior, impediram e detiveram dezenas de manifestantes, incluindo líderes da organização promotora de marcha pacífica, cujo objetivo era exigir a reposição do estado de direito e democrático e a situação do elevado preço dos produtos alimentares.
A manifestação iniciada no Bairro da Ajuda segunda fase e com a resistência de população manifestantes, culminou no espancamentos e detenções de pessoas que nem estavam envolvidas na marcha.

Durante e perante a resistência houve fortes agressões contra a população e manifestantes por parte dos elementos afetos ao ministério do interior.
Em reação ao comportamento "impassívo" de forças de segurança, que deteve esta manhã o coordenador da “Frente Popular”, Armando Lona, a Rede dos Defensores dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau, condena a atuação que considera de abusiva do ministério do interior em repelir a manifestação e exigiu a libertação imediata e incondicional de todos os detidos.
De acordo com a comunicação de Vitorino Indeque, a organização chamou a atenção ao presidente da república e ao primeiro-ministro em assumirem as suas responsabilidades e responsabilizou igualmente o ministro do interior e o secretário de Estado pela violência física praticada aos promotores da manifestação.

Guarda presidencial acusada de detenção arbitraria

 


FRENTE POPULAR - Polícia acaba com conferência de imprensa em Gabú

 


FRENTE POPULAR - Polícia impede manifestação em Gabú

Ver vídeo 👉 AQUI

 

FRENTE POPULAR: Activista detido em Gabú

 


FRENTE POPULAR - Biombo lanta

 Em Bissorã, é porrada!!!


ÚLTIMA HORA - LGDH DENUNCIA DETENÇÕES ILEGAIS

 Detenções ilegais!



As forças de segurança detiveram nas primeiras horas de hoje, dia 18 de maio de 2024, o Armando Lona Coordenador da Frente Popular, a Mansata Mónica Silla, Presidente de Associação Juvenil para a Promoção dos Direitos Humanos e alguns membros das organizações da sociedade civil.




 

 

 

 

 

 

 

Sobre o assunto, a LGDH vai promover uma conferência de imprensa às 10h30 na sua sede nacional.

Liga Guineense dos Direitos Humanos

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