À Autoridade Reguladora Nacional (ARN),
Vimos, por este meio, expressar a nossa profunda preocupação e insatisfação com a qualidade extremamente precária da internet fornecida pela operadora Orange na Guiné-Bissau. Esta situação tem afetado negativamente milhares de cidadãos, estudantes, profissionais, empresas e instituições que dependem da conectividade digital para o seu desenvolvimento diário.
É inaceitável que, em pleno século XXI, num mundo cada vez mais interligado e digitalizado, os usuários em território guineense continuem a enfrentar conexões lentas, interrupções constantes, falhas de rede e ausência de assistência técnica eficaz, enquanto pagam preços elevados por um serviço que está longe de ser aceitável.
Neste sentido, solicitamos à ARN que cumpra com o seu papel de regulador, exigindo que a operadora Orange:
1. Melhore urgentemente a qualidade da sua rede e cobertura nacional;
2. Garanta maior transparência na oferta dos seus serviços e pacotes de dados;
3. Preste contas publicamente sobre os investimentos feitos no setor de telecomunicações no país;
4. Seja responsabilizada sempre que houver descumprimento dos padrões mínimos de qualidade exigidos por lei.
A falta de ação e regulação eficaz apenas perpetua a exclusão digital e compromete o progresso socioeconómico do país. A Guiné-Bissau e o seu povo merecem serviços de telecomunicações dignos, modernos e eficientes.
Esperamos que a ARN tome medidas concretas e imediatas. O silêncio e a passividade não podem continuar a ser a resposta diante do sofrimento digital da população.
Domingos de Barros Junior