FONTE: RFI/LUSA
Há 15 anos o Presidente guineense João Bernardo “Nino” Vieira foi assassinado em casa, horas depois de um ataque à bomba que vitimou mortalmente o chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié. As circunstâncias da morte de Nino Vieira continuam por explicar. Francisco Conduto de Pina critica a falta de coragem da justiça para investigar a morte do ex-presidente.
A 02 de Março de 2009, a poucos dias de completar 67 anos, Nino Vieira foi assassinado na sua residência em Bissau, por homens armados, horas depois de um ataque à bomba que tirou a vida ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié.
As circunstâncias da morte de Nino Vieira continuam por explicar, ainda começaram a ser investigadas, mas em Dezembro de 2017 o Procurador-Geral da República, Bacari Biai, ordenou o arquivamento das investigações do processo, uma vez que após seis meses de investigações não foram deduzidas provas, uma vez que o Ministério Público não conseguiu ouvir todas as testemunhas oculares do sucedido, nomeadamente a viúva, Isabel Vieira.
Francisco Conduto de Pina, antigo ministro guineense e marido da filha mais velha de Nino Vieira, critica a falta de coragem da justiça para investigar a morte do ex-presidente: “É falta de coragem porque as pessoas sabem quem matou, quem mandou matar, quem fez. Andam aqui na cidade”.
No seguimento da morte de Tagmé Na Waié - morto à bomba a 01 de Março de 2009 em pleno Quartel-General do exército guineense - muitos insistiram para que Nino Vieira saísse de casa e fosse para uma embaixada em Bissau, uma recomendação que não aceitou.
Nino Vieira acabou por ser assassinado e o corpo esquartejado na sua residência no bairro Chão de Papel, no centro de Bissau. O corpo de Nino Vieira foi sepultado, pouco depois, a 10 de Março de 2009, no Cemitério Municipal de Bissau.
Em Novembro de 2020, o actual Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, após muita insistência da filha Florença Vieira - esposa de Francisco Conduto de Pina - , transladou o corpo de Nino Vieira do cemitério para a Fortaleza de Amura. Local onde se encontram sepultados os heróis nacionais.
