FONTE: Rádio Capital FM
A população de setor de Boé queixa-se de quase tudo e fala na ausência de autoridade de Estado naquela vila, berço de independência da Guiné-Bissau.
Esta sexta-feira, 29, ao Programa Tira Teimas da Rádio Capital FM, Mamadú Bente Djaló, presidente de Confederação de Associações de Filhos e Amigos de Boé, disse que “em todas as escolas do setor nenhuma delas funciona desde a dissolução do Parlamento e consequentemente derrube do Governo liderado por Geraldo Martins”.
“As Escolas terminam apenas no quinto ano, não há liceu no setor. Ainda desde a queda do governo de PAI-TERRA RANKA todas as escolas não estão a funcionar, por falta dos professore que alegam o isolamento “, disse o ativista social que também informou sobre “ a paralisação do setor de saúde “, o que para ele “está a aumentar a mortalidade materna “ no setor.
Bente Djaló denunciou ainda “o aumento de fome, porque os comerciantes rejeitaram cumprir o preço fixado pelo governo para a campanha de comercialização de castanha de cajú “.
“Aqui comemos só inhame e outros produtos, não há arroz no mercado e o cajú não está a ser comprado. Os comerciantes disseram que o governo não reduziu as barreiras tarifárias”, revelou.
Para Bente Djaló, “se persistir a recusa, os agricultores serão obrigados a vender a castanha de cajú em Conacri por um preço de 400 fcfa “.
Reconheceu que essa eventual medida não é benéfico para a economia nacional, mas, argumentou, a população não pode viver com fome.
No que se refere à água potável, o ativista disse que “ em todo o setor só se bebe a água de Lagoa “, sublinhando também que as via de acesso [ estradas] “ são praticamente inexistentes”.