sábado, 30 de março de 2024

BOÉ: População passa fome e bebe água de Lagoa

FONTE: Rádio Capital FM

A população de setor de Boé queixa-se de quase tudo e fala na ausência de autoridade de Estado naquela vila, berço de independência da Guiné-Bissau.


Esta sexta-feira, 29, ao Programa Tira Teimas da Rádio Capital FM,  Mamadú Bente Djaló,  presidente de Confederação de Associações de Filhos e Amigos de Boé, disse que “em todas as escolas do setor nenhuma delas funciona desde a dissolução do Parlamento e consequentemente derrube do Governo liderado por Geraldo Martins”.

“As Escolas terminam apenas no quinto ano, não há liceu no setor. Ainda desde a queda do governo de PAI-TERRA RANKA todas as escolas não estão a funcionar,  por falta dos professore que alegam o isolamento “, disse o ativista social que também informou sobre “ a paralisação do setor de saúde “, o que para ele “está  a aumentar a mortalidade materna “ no setor.

Bente  Djaló denunciou ainda “o aumento de fome, porque os comerciantes rejeitaram cumprir o preço fixado pelo governo para a campanha de comercialização de castanha de cajú “.

“Aqui comemos só inhame e outros produtos, não há arroz no mercado e o cajú não está a ser comprado. Os comerciantes disseram que o governo não reduziu  as barreiras tarifárias”, revelou.

Para Bente Djaló,  “se persistir a recusa, os agricultores serão obrigados a vender a castanha de cajú em Conacri por um preço de 400 fcfa “.

Reconheceu que essa eventual medida não é benéfico para a economia nacional, mas, argumentou, a população não pode viver com fome.

No que se refere à água potável,  o ativista disse que “ em todo o setor só se bebe a água de Lagoa “, sublinhando também que as via de acesso [ estradas] “ são praticamente inexistentes”.

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