FONTE: LUSA
O secretário-geral da associação de defesa de consumidores da Guiné-Bissau, Bambo Sanhá, exortou hoje o Governo “a ter mão dura” perante os comerciantes que não acatem a decisão de baixar o preço do arroz.
O Governo anunciou, na terça-feira, que o preço do arroz da espécie trinca 100% partido passa de 22.500 francos CFA (34 euros), por cada saco de 50 quilogramas, para 17.500 francos CFA (cerca de 26 euros). Conhecida no país por 'nhélen', importada essencialmente da Índia, China e Vietname, é a varieade mais consumida na Guiné-Bissau.
O secretário-geral da Associação de Defesa de Consumidores de Bens e Serviços (Acobes) pediu ao Governo “para ter mão dura e fazer valer a autoridade do Estado” perante qualquer comerciante que se recusar a praticar o novo preço do arroz e a apreender o arroz ao comerciante que se recusar a praticar o novo preço, a retirar o alvará ou então a encerrar o estabelecimento.
Bambo Sanhá acusou os comerciantes de estarem a especular o preço e afirmou que o executivo cessante havia alcançado um acordo, que não respeitaram.
“O que estava fixado era de que o arroz 'nhélen' não podia ser vendido, em Bissau, por mais de que 21 mil francos CFA [32 euros] e 23 mil [35 euros] no interior do país”, sublinhou Sanhá, que pediu também ao Governo que reduza o preço de outros produtos da primeira necessidade.
O representante dos consumidores referiu-se também à posição assumida, na quarta-feira, pelo presidente da Associação de Comerciantes Retalhistas de Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Seidi, que disse que vários dos associados estavam contra a forma como a medida foi tomada.