FONTE: RFI
O deputado e antigo ministro guineense, Francisco Conduto de Pina, denuncia a utilização das ilhas dos Bijagós como porta de entrada da droga na Guiné-Bissau e acusa as autoridades de fecharem os olhos a essa situação.
O deputado e antigo ministro guineense, Francisco Conduto de Pina, afirma que as autoridades da Guiné-Bissau “sabem que as ilhas Bijagós são utilizadas” para a entrada de droga no país.
Francisco Contudo de Pina diz que o tráfico é fomentado por redes criminosas de países da América latina “Brasil, da Venezuela, da Guiana Francesa e da Bolívia” com a cumplicidade de guineenses.
Questionado sobre o facto dos Bijagós serem a porta de entrada da droga, o antigo ministro refere que “toda esta costa, Gâmbia, Senegal. Quando se tem [a informação] que autoridades fazem apreensões, também se fala em Cabo Verde”.
Francisco Contudo de Pina reconhece que Cabo Verde também “está na rota, vêm de barco, até submarinos. Isto está grave”.
O deputado guineense afirma que as autoridades têm essas informações, mas argumentam que não têm condições para responder a este flagelo.
Além de porta de entrada da droga na Guiné-Bissau, o arquipélago dos Bijagós, composto por 88 ilhas, ilhéus e ilhotas, 20 das quais são habitadas, também é o santuário da prostituição e do trafico de seres humanos, diz Conduto de Pina.
Conduto de Pina defende uma ampla autonomia administrativa e financeira para as ilhas Bijagós como solução para estes flagelos. O projecto, do qual é principal entusiasta, ainda não mereceu o consenso nacional,