quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Guiné-Bissau defende reformas, multilateralismo e cooperação internacional

FONTE: ONUNEWS

Ver vídeo do discurso na íntegra 👉 AQUI



Presidente da nação africana, de língua portuguesa, reafirmou compromisso com multilateralismo e eleições pacíficas;  Umaro Sissoco Embaló destacou necessidade de reformas na ONU para fortalecer Sul Global; ele apelou à cooperação internacional para enfrentar crises globais e reduzir desigualdades.

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, discursou esta quinta-feira na Assembleia

Geral das Nações Unidas.


O líder africano iniciou a sua intervenção, reafirmando o apoio total do país, de língua portuguesa,

aos “esforços incansáveis do secretário-geral, António Guterres, em prol da paz mundial e da

cooperação internacional.”


Durante o seu discurso, ele destacou a importância de eleições livres e democráticas, defendeu

reformas para maior representatividade do Sul Global, e sublinhou a necessidade de cooperação

internacional para enfrentar crises globais e reduzir as desigualdades existentes.


Importância das agências


Sissoco Embaló reforçou a relevância das Nações Unidas, especialmente nos tempos de incerteza

e crise global, como “o único fórum onde todas as nações — grandes e pequenas — têm um lugar e uma voz.”


“As suas agências, nomeadamente: OMS. Unesco, Unifef, FAO, PAM, HCR e outras tratam educação,

vacinam, alimentam e protegem, todos os dias, milhões de seres humanos, e contribuem na luta contra a

pobreza e a discriminação contra as mulheres e meninas em todas as partes do mundo.”


Multiplicidade de crises


O presidente deixou também uma palavra sobre o impacto desproporcional que as desigualdades

socioeconómicas, choques ambientais, a instabilidade política e as emergências humanitárias têm

nos países em desenvolvimento.


O líder da Guiné-Bissau acredita que “o progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável, ODS, abrandou significativamente ou mesmo estagnou. O peso da dívida soberana dos

países pobres está a aumentar, enquanto a ajuda ao desenvolvimento está a diminuir.”, desejando que

o “Pacto para o Futuro” se concretize em ações e não apenas no papel.


Compromisso multilateral


Na sua intervenção, Umaro Sussoco Embaló, mencionou a importância da Comunidade dos Países

de Língua Portuguesa, CPLP. Em julho, a Guiné-Bissau acolheu a 15.ª Conferência de Chefes de Estado

e de Governo da CPLP, e assumiu a presidência para o mandato 2025-2027.


“Durante o nosso mandato, continuaremos a trabalhar com todos os parceiros e organizações multilaterais

com vista à implementação dos compromissos assumidos ao nível global. Nomeadamente, o Acordo de Paris

sobre alterações climáticas e a Terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano e a Quarta Conferência

das Nações Unidas sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, realizada em Sevilha, em junho passado.”


O presidente da Guiné-Bissau se mostrou otimista para a realização da Conferência da ONU sobre Mudança

Climática, COP30, marcada para Belém do Pará, no Brasil.


Eleições pacíficas, livres, transparentes e credíveis


Relativamente à situação política da Guiné-Bissau, o presidente mencionou as eleições presidenciais

e legislativas marcadas para 23 de novembro deste ano, garantindo que estão a ser criadas as condições

necessárias para que as eleições sejam “realizadas de forma pacífica, livre, transparente e credível".

O diálogo, a inclusão, a estabilidade política e a consolidação do Estado de Direito democrático foram

as suas prioridades durante os últimos cinco anos.


Reformas urgentes para o futuro


Umaro Sissoco Embaló enfatizou a multilateralidade da ONU, “as Nações Unidas somos todos nós: os 193

Estados-Membros, além dos Estados observadores, ONGs, organizações da sociedade civil e outros atores

representados nesta grande Sala da Assembleia Geral.”


O presidente guineense propôs, assim, reformas urgentes a serem implementadas pela ONU para enfrentar

os desafios atuais. Entre elas encontram-se “reformas que reflitam as realidades geopolíticas atuais e os

equilíbrios de poder globais; reformas que expandam e democratizem o Conselho de Segurança; reformas

que proporcionem um lugar e uma voz ao Sul Global; e reformas que restaurem a confiança no multilateralismo

e na cooperação internacional.”

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