Em conferência de imprensa, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos afirmou que esta substituição foi um golpe de Estado. Bubacar Turé, que encabeça esta organização diz que é tudo uma estratégia de consolidação do poder absoluto por parte do regime do Presidente Umaro Sissoco Embalo.
A Liga pediu ao Ministério Público que abra um inquérito contra as pessoas que realizaram o golpe contra as instalações do parlamento. O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos questionou ainda o silêncio da comunidade internacional perante o que considera ser as várias atrocidades que ocorrem na Guiné-Bissau.
Bubacar Turé fazia referência ao facto de a segunda vice-presidente do Parlamento, Satu Camará, ter assumido a presidência do órgão, num exercício que o presidente do parlamento, Domingos Simões Pereira, considerou de um não-facto.
O presidente da Liga dos Direitos Humanos denunciou a ação perpetrada por Satu Camará e ainda acusou a polícia de ter arrombado as portas e mudado as fechaduras de gabinetes do presidente e vice-presidente do parlamento, Domingos Simões Pereira e Fernando Dias, respectivamente.
Bubacar Turé diz que é o mesmo expediente utilizado pelo poder político no Supremo Tribunal de Justiça, em novembro de 2023, onde o presidente eleito, Pedro Sambu, foi obrigado a demitir-se para dar lugar, por força das armas, ao juiz Lima André.