segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Descida do preço do peixe no mercado de Bissau saudada por vendedeiras

 FONTE: LUSA

O preço do peixe desceu acentuadamente no mercado guineense, uma medida que as vendedeiras saúdam, pedindo ao Governo que a oficialize rapidamente. 
Fonte do Ministério das Pescas da Guiné-Bissau confirmou à Lusa que “existe um processo em curso para baixar consideravelmente o preço do pescado”, mas que ainda aguarda pela aprovação em Conselho de Ministros “proximamente”.

De acordo com a fonte, o valor atual do peixe que é vendido no mercado guineense pode baixar 50%.

Fonte do Governo adiantou que a redução do preço do pescado será um dos assuntos a ser debatidos na próxima reunião do Conselho de Ministros que acontece, ordinariamente, às quintas-feiras e extraordinariamente às terças-feiras.

No porto de pesca de Bandim, arredores de Bissau, lugar onde funciona a principal lota da capital guineense, o ambiente é de festa, desde o passado dia 09, entre as mulheres que operam na revenda do peixe.

Carlota Djedju, 43 anos, que compra e vende peixe há mais de 20 anos no porto de Bandim, disse hoje à Lusa que “não cabe em si de contentamento” quando soube que ao invés de 33 mil francos CFA (49 euros) por cada caixa agora terá de desembolsar 12 mil francos CFA (cerca de 18 euros).

“Criei e sustento os meus três filhos com esse trabalho de venda do peixe. Agora vou poder guardar algum dinheiro e fazer outras coisas, até porque o meu filho mais velho deve ir para universidade”, observou Carlota Djedju, com um largo sorriso no rosto.

A decisão de baixar o preço do pescado ainda não é oficial, mas Safiatu Camará, que se recusa a dizer a idade, só sabe que desde a semana passada que vende rápido todo o peixe que compra diariamente na lota e que leva ao mercado em Caracol, no centro de Bissau.

“Agora não perco tempo porque o preço do peixe é acessível, compro e vendo rapidamente”, enfatizou Safiatu para quem o preço acaba por determinar a dinâmica do negócio do qual sustenta a sua casa.

Safiatu disse que é solteira há 15 anos, desde que perdeu o marido falecido de uma doença, deixando-a com cinco crianças para criar.

Meta Gomes, 39 anos, elogiou a decisão do Governo, salientando que esta também é sentida pelos consumidores.

Se antes um quilograma de uma certa espécie de peixe custava ao consumidor final 1.000 francos CFA (cerca de 1,5 euros,) agora é vendido por metade do preço o que, afirmou, faz com que o negócio “esteja a fluir”.

 Aminata Djaló, 50 anos, saudou a decisão e exortou o Governo a oficializá-la rapidamente para fazer com que o pescado chegue às regiões do interior do país.

Aminata observou que, atualmente, as mulheres que trabalham na revenda do peixe compram o produto em Ziguinchor, província do sul do Senegal, para que possam ganhar “alguma coisa”.

“Deslocamo-nos até Ziguinchor onde o peixe é mais barato em comparação com o preço que se praticava em Bissau. Só assim ganhamos alguma coisa neste negócio. Agora que vão baixar o preço penso que poderemos ganhar ainda mais”, enfatizou Aminata Djaló.

A Lusa confirmou no mercado da Santa Luzia, subúrbios de Bissau, que o preço de várias espécies do peixe baixou consideravelmente, chegando algumas a custar menos 75% do valor que era comprado há 10 dias.

A descida do preço do pescado segue-se ao abaixamento dos preços do pão, da farinha, do arroz e dos combustíveis, na sequência de decisões tomadas pelo Governo liderado por Geraldo Martins, da coligação Plataforma Aliança Inclusive (PAI)- Terra Ranka, que entrou em funções em agosto último.

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