segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Deputado do PRS diz ter sido agredido por guardas da presidência

 FONTE: RFI

O deputado guineense do Partido da Renovação Social, Farid Fadul, foi espancado, este fim de semana, por homens que diz serem da guarda presidencial. O deputado diz que foi acusado de estar a filmar as instalações do palácio da Presidência,quando, na verdade, estava a fazer imagens da nova Avenida Amílcar Cabral.

 Farid Michel Fadul diz que foi acusado de estar a filmar as instalações do palácio da Presidência, quando na verdade estava a fazer imagens da Avenida Amílcar Cabral, recentemente renovada para receber as festividades do 50º aniversário da independência da Guiné-Bissau na quinta-feira.

O deputado decidiu filmar o espaço para colocar nas suas redes sociais, utilizando para o efeito um drone pessoal, quando foi surpreendido por agentes de segurança à paisana, na noite de sábado.

Farid Fadul relata que os agentes usaram da força para lhe confiscarem o drone e os telefones, apesar de ter garantido que não tinha feito nenhuma filmagem ao palácio da República. Esta segunda-feira, o deputado do PRS deu uma conferência de imprensa na sede do parlamento, onde eram visíveis os vários hematomas no rosto e nos olhos.

Farid Fadul, filho do antigo primeiro-ministro Francisco Fadul, disse não compreender este episódio, uma vez que, no passado, já filmou várias outras localidades da Guiné-Bissau, reiterando que o país não tem nenhum dispositivo legal para indicar quais as zonas restritas para sobrevoo de drones. O vice-presidente do Partido da Renovação Social, Mário Fambé, já veio responsabilizar o Governo pela falta de segurança dos cidadãos e pede que seja instaurado um processo judicial contra os agressores de Farid Fadul.

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Segurança do PR acusada de espancar deputado

FONTE: DEUTSCHE WELLE

O Partido da Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau acusou elementos da segurança da Presidência da República de espancarem um deputado desta força partidária que apoia a coligação PAI-Terra Ranka, que governa o país.

O PRS atribuiu "à segurança do perímetro da Presidência da República atos de profunda violência e de espancamento" alegadamente praticados "contra o deputado da Nação Farid Michel Tavares Fadul (Cuca Fadul)".

A acusação foi feita num comunicado, assinado pelo presidente interino do partido, Fernando Dias da Costa, em que o PRS "condena com toda veemência e energia os atos" referidos e exorta o Governo a instaurar o "competente processo para apurar responsabilidades civil e disciplinar dos autores".

O partido reclama também uma concertação entre o Governo e a Presidência da República na promoção de ações disciplinares que, defende, "devem culminar no afastamento dos agentes implicados no caso".

O PRS alerta, ainda, "a opinião pública nacional e internacional sobre as consequências que um ato desta natureza pode acarretar".

O deputado que se queixa de ter sido agredido, Cuca Fadul, explicou esta segunda-feira (13.11), em conferência de imprensa, que os factos ocorreram no sábado (11.11), quando se encontrava a fazer filmagens, com um drone, da avenida Amílcar Cabral, em Bissau.

Na referida avenida decorrem os preparativos para as comemorações dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, agendadas para quinta-feira (16.11), com a presença de diversos chefes de Estado, tendo sido anunciada, nomeadamente, a vinda do presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, bem como a do primeiro-ministro demissionário, António Costa.

O deputado alegou que estava no carro, a ver imagens que tinha feito daquela zona, quando, de repente, "apareceram jovens não identificados" e um, que estava de fato escuro, abriu a porta da viatura, tirou-lhe o drone e começou a ver as imagens.

Segundo contou, chegou depois outra viatura sem matrícula, de onde saiu um agente à paisana, que terá ordenado aos que já ali estavam que lhe batessem.

O deputado descreveu uma "agressão brutal" com "mais de sete agentes" fardados e não fardados em cima dele, a bater com a coronha da arma na cabeça e no olho.

"Se sabem que é um deputado e fazem isto, imagine se for um cidadão comum", acrescentou.

O deputado esteve acompanhado, na conferência de imprensa, pelo líder da bancada parlamentar e vice-presidente do PRS, Mário Fambé, para quem "o que aconteceu, já aconteceu muitas vezes, desde 2020", ano em que o atual Presidente da República foi eleito.

O líder parlamentar expressou solidariedade ao deputado e considerou que o caso "devia ter uma atenção especial do Presidente", defendendo que "não é bom dentro da Presidência da República haver alguém que cometa este tipo de ato".

O parlamentar deixou o alerta ao chefe de Estado guineense, dando o exemplo do que aconteceu em Portugal com a demissão do primeiro-ministro, António Costa, devido a alegados atos daqueles que o rodeiam.

Contactada pela Lusa, a Presidência da República da Guiné-Bissau respondeu que não se pronuncia sobre o assunto.

O PRS apoia no parlamento a coligação que governa a Guiné-Bissau e a acusação do alegado espancamento de um dos seus deputados acontece na véspera da primeira sessão plenária da Assembleia Nacional Popular, com início agendado para terça-feira.

O parlamento guineense tem 102 deputados representativos de nove partidos, sendo o MADEM-G15, o partido do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, o único da oposição, integrando todos os outros a coligação em maioria no parlamento, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

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