sábado, 23 de agosto de 2025

DRAMA NA FRONTEIRA

Um problema está a desenrolar-se entre o Senegal e a Guiné-Bissau - metendo a Gâmbia. Trata-se de um grande lote de vacinas para a 2ª fase de vacinação de crianças até os 5 anos contra a malária na região Leste da Guiné-Bissau.

Como as vacinas em causa ainda não chegaram a Bissau - estarão nos mares -  Bissau pediu a Banjul que adiantasse as vacinas a termo devolutivo. E assim foi.

O contentor frigorífico saiu de Banjul mas foi barrado na fronteira com o Senegal. O motivo? Senegal quer dinheiro...acontece que estamos na CEDEAO e o camião está em trânsito para Bissau.

Segundo apurou o DsC, o MNE Carlos Pinto Pereira está já a par da situação. O problema é que o Senegal reteve o camião, que pode ficar sem energia para alimentar o contentor a qualquer momento - Bissau pediu que o camião retornasse a Banjul, mas está tudo num impasse. Senegal é madrasta... AAS

API - CABAS GARANDI - FALA, FERNANDO DIAS

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sexta-feira, 22 de agosto de 2025

FRUSTRAÇÃO DA ACOBES E A FRAGILIDADE DOS 'INSPECTORES' DO COMÉRCIO

Segundo a associação, "foram encontrados produtos fora de prazo" no hotel CEIBA por inspectores do Comércio...mas é tudo mentira. Assim, amanhã, será tudo esclarecido numa entrevista com a administração do hotel e com os seus advogados.

Mas se de facto encontraram mesmo todas essas irregularidades... porque é que o hotel ainda está a funcionar? O que a ACOBES não sabia - e bateu com a cara de frente - é que o hotel CEIBA tem uma política interna de datas - e que vão conhecer amanhã.

Mas se calhar o melhor mesmo é demitir esses 'inspectores', pois não estão a fazer o seu trabalho...aliás, eles não têm sequer competência para inspeccionar hotéis... Agora a ACOBES acabou por denunciá-los! A ACOBES vai provar tudo o que disse em tribunal. AAS

P.S.: O hotel CEIBA é o único hotel em Bissau onde o presidente da França foi autorizado a fazer as suas refeições. Estiveram no país vários chefes de Estado e nunca se queixaram. AAS

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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

𝐋𝐆𝐃𝐇 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛𝐞 𝐫𝐞𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐚 𝐄𝐦𝐛𝐚𝐢𝐱𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐄𝐔𝐀 𝐧𝐚 𝐆𝐮𝐢𝐧é-𝐁𝐢𝐬𝐬𝐚𝐮

A Direção Nacional da LGDH recebeu hoje, dia 21 de agosto de 2025, na Casa dos Direitos, a visita do Sr. Jack Bisase, Chefe de Gabinete da Representação da Embaixada dos Estados Unidos na Guiné-Bissau, acompanhado pela Sra. Luana Pereira.

Durante o encontro, foram abordados temas centrais como a situação atual dos direitos humanos, a democracia, o Estado de Direito e o contexto das próximas eleições no país.

Em nome da LGDH, a 1.ª Vice-Presidente, Sra. Claudina Viegas, apresentou um balanço sobre os direitos humanos na Guiné-Bissau, salientando casos recentes de obstrução à liberdade de imprensa, os desafios enfrentados pela Liga e a visão da instituição relativamente ao processo eleitoral que se aproxima.

O representante da Embaixada felicitou a LGDH pelo trabalho desenvolvido e incentivou a organização a prosseguir na promoção e defesa dos direitos humanos.

Esta visita constitui um passo importante no reforço das relações de cooperação entre a LGDH e a Embaixada dos Estados Unidos, abrindo caminho para futuras parcerias em prol da cidadania e dos direitos fundamentais na Guiné-Bissau. LGDH

Primeiro-Ministro Braima Camará visitou o Hospital 'Simão Mendes'


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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

FALECIMENTO 'TALITO': A partir de amanhã, as condolências podem ser prestadas na residência do falecido, na Rua de Cabo Verde, em Bissau. AAS

Imperialismo na África: Europa 'saqueia' até hoje possibilidade de desenvolvimento do continente?


De retóricas como "combate ao terrorismo" para manter estruturas militares na região e até uso de instituições, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) para intervir economicamente nos países, mesmo décadas após a independência, as antigas "metrópoles" europeias ainda impõem nos dias de hoje o neocolonialismo no continente africano.


Após séculos de colonização, que usurpou desde riquezas naturais até a rica manifestação cultural de seus povos, os países africanos iniciaram os processos de independência há cerca de 80 anos. Mesmo assim, em muitos países eles foram conduzidos por elites ligadas a "metrópoles" e, com isso, mantiveram estruturas de subordinação à Europa.


Para o doutorando e mestre em ciência política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Vinicius Zanchin Baldissera, entrevistado pelo Mundioka, podcast da Sputnik Brasil, a região tem a possibilidade de desenvolvimento "saqueada" até os dias atuais.


"Do colonialismo para o imperialismo e, agora, no neocolonialismo, a África teve seus recursos naturais extraídos para formar o desenvolvimento dessas potências do centro do sistema internacional, principalmente França e Reino Unido, mas também outros Estados em menor escala, como Portugal, Itália, Alemanha e Bélgica. Além disso, as populações africanas foram movidas para outros continentes à força para trabalhar em condições de escravidão, e isso moldou como os Estados africanos foram desenvolvidos ou subdesenvolvidos a partir de então", resume.


Conforme o especialista, muitos países africanos se formaram sob a lógica da dependência externa e toda a infraestrutura desenvolvida para atender exclusivamente aos interesses econômicos da Europa. "Por isso, as elites que assumiram esses Estados após a independência, alguns deles com guerra de libertação, outros com independência por negociação, precisaram pensar em formas de sustentar um Estado recém-criado sem uma liderança consensual com vários povos dentro do seu território e sem uma estrutura econômica para poder sustentar essa população", acrescenta.


Diante das dificuldades, as potências da Europa também passaram a aproveitar essas fragilidades para manter os laços de dependência das nações africanas. "São Estados criados recentemente com um sistema econômico voltado totalmente para fora, muitas vezes sem nenhuma conexão com os países vizinhos, o que dificulta a possibilidade de integração regional", destaca.


Outro ponto citado pelo especialista é, ainda, a atuação de entidades, como o FMI e o Banco Mundial, que dão suporte financeiro a países em crise sob fortes condicionantes, como "liberalização de mercados, austeridade fiscal e um pacote de intervenções" que atrapalham qualquer desenvolvimento autônomo. Como exemplo, Zanchin cita o uso do franco como moeda oficial em oito países da África Ocidental: Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo. "É uma moeda emitida pelo banco controlado pela França, que ainda preserva muita influência na região até os dias de hoje", diz.


Combate ao terrorismo é 'desculpa' para manutenção do domínio militar na região?


Recentemente, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou publicamente que o país europeu ajuda a combater o terrorismo na África e, por isso, as nações da região deveriam "agradecer". Para o especialista, essa fala corrobora justamente as novas formas de neocolonialismo e ainda demonstra que a tentativa de dominação europeia, mesmo com o enfraquecimento do continente nos últimos anos, segue em vigor.


"Isso é algo que está tão enraizado na cultura europeia que não enxergam essa dominação justamente por utilizarem tantas retóricas para tentar negar esse processo. É o caso desse combate ao terrorismo para justificar suas intervenções militares, inclusive com a participação de tropas francesas para inspecionar regiões na África, como Mali e Ruanda", enfatiza.


O pesquisador lembra que um dos exemplos mais memoráveis sobre os impactos da colonização africana é o Congo, que teve um dos processos mais devastadores do continente.


"É um caso bastante particular, porque o Congo era praticamente todo uma propriedade particular do rei Leopoldo II da Bélgica. Não havia distinção entre público e privado, mesmo para a metrópole. E, hoje, é um país com uma das maiores populações do continente africano, cuja capital tem mais de 13 milhões de habitantes, e segue lutando para conseguir se desenvolver economicamente", cita.


Museus europeus e artefatos africanos expostos como 'troféus de guerra'


Para além da exploração de recursos naturais e da população africana, os séculos de colonização europeia, principalmente após a Conferência de Berlim em 1884, também levaram do continente artefatos sagrados e obras de arte que contam a história do próprio povo. É o caso do Benin, que, conforme estimativas, perdeu mais de 3 mil peças, que estão expostas em museus de vários países europeus como se fossem "troféus de guerra", explica ao podcast Mundioka o professor Gustavo Durão, do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Sociedade e Cultura da Universidade Estadual do Piauí (Uespi).


Apesar disso, o especialista afirma que há um movimento iniciado na Europa para a devolução das peças nos últimos anos. "Ainda é tímido, mas já começa a acontecer. Mesmo assim, ainda há dificuldade de parte dessas nações, principalmente França e Portugal, porque devolver esses objetos, para eles, significaria esquecer do seu passado histórico", conta.


Por fim, o especialista acredita que há uma resistência cultural muito forte no continente, diante da tentativa europeia de tentar apagar as próprias tradições diversificadas do povo africano. "As tradições orais são muito fortes em grande parte da África […], e a gente vê uma resistência muito forte por isso, por passar de geração para geração. É muito interessante perceber que, apesar de todas as atrocidades cometidas, a religiosidade ainda é muito forte e, também, a ideia de coletividade e união trabalhadas justamente nessa perspectiva de retomada."

DRAMA NA FRONTEIRA

Um problema está a desenrolar-se entre o Senegal e a Guiné-Bissau - metendo a Gâmbia. Trata-se de um grande lote de vacinas para a 2ª fase d...