Transmitindo as calorosas saudações do Coordenador Nacional, Braima Camará, Cancan agradeceu a presença dos militantes e destacou a importância do momento atual para o futuro do partido.
Na sua intervenção, traçou um retrato corajoso da crise interna vivida pelo MADEM-G15, qualificando-a de “delicada e constrangedora”, resultado de ações ilegítimas levadas a cabo por um grupo de dirigentes com responsabilidades acrescidas.
Foram denunciadas demissões arbitrárias, perseguições internas e a tentativa de instrumentalizar o partido em benefício de um projeto presidencial à margem das normas estatutárias. “A ingerência nos assuntos internos do partido e a violação dos nossos direitos constitucionais são inadmissíveis”, afirmou Cancan.
Apesar das provocações, reafirmou que a direção legítima, liderada por Braima Camará, mantém aberta a porta para o diálogo e a reconciliação interna – não como sinal de fraqueza, mas como demonstração de grandeza política e responsabilidade patriótica.
Sublinhou que este processo "não admite insultos, vinganças, retaliações ou disputas alheias aos Estatutos" do MADEM-G15, mas sim uma luta nobre e responsável para reforçar e dignificar o partido, com base num diálogo inclusivo e orientado pelos superiores interesses da Guiné-Bissau.
"A devolução da soberania partidária à sua liderança legítima é condição essencial para qualquer entendimento", frisou.
No plano político mais alargado, reiterou o compromisso inabalável do MADEM-G15 com a Aliança Popular Inclusiva – Cabas Garandi. A ausência na reunião de Paris, explicou, deveu-se à prioridade dada ao processo de reconciliação interna, entendido pelos parceiros da coligação como fundamental também para o reforço do PRS. “O nosso Coordenador Nacional sempre esteve em sintonia com os aliados da API, como confirmado publicamente pelo Presidente do PRS, Camarada Fernando Dias”, declarou.
Cancan encerrou apelando à unidade, firmeza e vigilância de todos os militantes: “O MADEM-G15 nasceu para servir a democracia e o povo. Juntos, vamos continuar a honrar essa missão histórica.”