Irmãos e irmãs trabalhadores da Guiné-Bissau,
Neste 1.º de Maio, data de luta, dignidade e resistência, quero dirigir-vos uma palavra de força, de encorajamento e de esperança.
Sabemos que o vosso dia a dia é marcado por sacrifícios profundos: salários em atraso, desemprego crescente, falta de condições mínimas de trabalho, e um ambiente de insegurança que bloqueia o progresso de toda a nação.
Mas também sabemos que sem a vossa coragem, a vossa persistência e a vossa fé, este país não se manteria de pé.
Hoje, com a oposição unida e determinada a restaurar o Estado de direito, reafirmamos o nosso compromisso convosco: vamos devolver dignidade ao trabalho, estabilidade às instituições e esperança ao povo.
A luta pela liberdade e pela justiça precisa da vossa voz, da vossa mobilização e da vossa determinação.
Exortamos-vos a manterem-se firmes, conscientes e organizados. Afastar os militares do jogo político e devolver o poder ao povo é um imperativo nacional.
A comunidade internacional, em particular a CEDEAO, a CPLP e a União Africana, deve acompanhar este movimento do povo guineense com responsabilidade e compromisso, garantindo a reposição da ordem constitucional e eleições livres e justas.
Trabalhadores da Guiné-Bissau, a vossa força é a força da nossa nação.
Juntos, com coragem e determinação, vamos vencer.
Viva o 1.º de Maio!
Viva o povo trabalhador!
Viva a Guiné-Bissau livre, democrática e em paz!