sexta-feira, 30 de maio de 2025

LIVRO - Sana Canté na RFI

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BISSAU - CAPITAL DO LIXO

 


PALOP mal no Índice de Prestação de Serviços Públicos. Guiné-Bissau é a pior...

FONTE: LUSA 

No Índice de Prestação de Serviços Públicos, dos PALOP STP ficou melhor que os seus pares e a Guiné-Bissau foi o pior classificado. Todos os PALOP estão abaixo da média africana, segundo a classificação do BAD.


Angola tem 40,14 pontos em 100, abaixo da média do continente africano (45,39), na primeira edição do Índice de Prestação de Serviços Públicos (PSDI, sigla inglesa), divulgado esta sexta-feira (30.05) pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).


O país até regista uma pontuação elevada no capítulo da energia e eletricidade (64,52 pontos), mas tem valores mais baixos nas outras quatro dimensões sob avaliação, inclusão socioeconómica (43,30), integração regional (38,94), soberania alimentar (36,74) e, sobretudo, quanto à industrialização (26,09).


"As famílias angolanas classificaram a qualidade dos serviços recebidos em todas as dimensões como moderada, reclamando melhorias na qualidade e na prestação", em resposta a um inquérito incluído na pesquisa relativa a 2024.


Segundo o relatório, para "melhorar a qualidade de vida" dos cidadãos angolanos, é necessária "uma melhoria significativa na prestação de serviços nas áreas da industrialização, segurança alimentar, integração regional e serviços sociais". 


"Em particular, o desenvolvimento da cadeia de valor agrícola, a liberdade de circulação, a ratificação de acordos regionais, os parques industriais, o ambiente de negócios, a saúde, o abastecimento de água e o saneamento exigem uma atenção urgente", assinalou o BAD.


O banco deixa, no entanto, uma nota de otimismo, referindo que, "em cada dimensão, demonstra-se um empenho de Angola na diversificação da sua economia", melhorar serviços e qualidade de vida, em geral.


"Em colaboração com investidores internacionais e organismos regionais, o Governo continua a prosseguir reformas e projetos que prometem um futuro mais próspero", conclui o BAD.


Entre os 53 países avaliados, Angola está em 43.º lugar na classificação liderada pelas ilhas Maurícias com 59,96 pontos, seguindo-se o Egipto (58,99) e a África do Sul (58,89).


STP melhor que os seus pares


São Tomé e Príncipe tem 45,86 pontos em 100, ligeiramente acima da média do continente africano (45,39). Em todas as cinco dimensões avaliadas, a prestação de serviços públicos em inclusão socioeconómica obteve a melhor classificação (55,7), seguida de energia e eletricidade (46,73), soberania alimentar (45,83), integração regional (45,25) e industrialização (37,57).


"A qualidade dos serviços, tal como avaliada pelas famílias, é moderada", lê-se no documento, relativo a 2024. O BAD chama a atenção para a "falta de tecnologia de processamento moderna, acesso limitado a terras aráveis e uma cadeia de valor frágil" como fatores que limitam o potencial do setor agrícola -- aos quais se juntam "as restrições de capital humano, acesso deficiente ao crédito e alterações climáticas".


A pobreza é elevada no país e o sistema de saúde é ainda considerado fraco, assinala o BAD no relatório, indicando que São Tomé e Príncipe (STP) "possui recursos hídricos abundantes, mas carece de infraestruturas adequadas e de um quadro político à altura para os aproveitar eficazmente". Entre os 53 países avaliados, São Tomé e Príncipe está em 26.º lugar.


Moçambique: "Satisfação moderada"


Moçambique tem 44,05 pontos em 100, abaixo da média do continente africano (45,39). Em todas as cinco dimensões avaliadas, a prestação de serviços públicos em energia e eletricidade é a mais bem classificada (51,56), seguida pela inclusão socioeconómica (49,09), soberania alimentar (43,45), integração regional (43,01) e industrialização (35,07).


"Satisfação moderada" com a qualidade dos serviços recebidos foi a avaliação feita pelas famílias moçambicanas em resposta a um inquérito incluído na pesquisa relativa a 2024.


Apesar de a produção agrícola "ter triplicado nos últimos 20 anos, principalmente devido à expansão das áreas de cultivo", o crescimento per capita tem sido limitado, nota o BAD.


Os pequenos agricultores são responsáveis por 95% da produção agrícola total, enquanto 400 explorações comerciais em Moçambique produzem os restantes 5%, pelo que o banco diz ser um "imperativo urgente" aumentar o investimento para "transformar a agricultura de sequeiro numa atividade sustentável e comercialmente viável".


Nos serviços públicos de água e saneamento, há um hiato "significativo" no acesso entre as áreas urbanas e rurais, bem como entre as diferentes regiões.

No acesso a trabalho, "o emprego formal está disponível principalmente no Governo e nas pequenas e médias empresas urbanas", estimando-se que 500.000 pessoas entrem anualmente num mercado de trabalho "saturado". Moçambique está em 33.º lugar na classificação. 


Guiné-Bissau, o pior classificado dos PALOP


A Guiné-Bissau tem 35,74 pontos em 100, abaixo da média do continente africano e está em 48.º lugar na classificação. Nas cinco dimensões avaliadas, a prestação de serviços públicos ao nível da soberania alimentar obteve a pontuação mais elevada, (49,03 pontos), sendo a única acima dos 40 pontos.

Seguem-se a inclusão socioeconómica (36,96), integração regional (36,13), energia e eletricidade (31,74) e industrialização (28,03).


"Verifica-se uma baixa satisfação com a qualidade dos serviços, tal como avaliado pelas famílias no inquérito de percepção da Guiné-Bissau: isto exige melhorias significativas na prestação de serviços", acrescenta o BAD no relatório.


Entre os problemas que deve resolver, nomeadamente para se autossustentar em termos alimentares, o BAD indicou que, "apesar do seu enorme potencial, o setor agrícola enfrenta sérios desafios pela baixa produtividade, pelo acesso limitado às áreas de cultivo, deficientes mecanismos de comercialização dos produtos e pelos preços flutuantes dos alimentos".


Outros aspetos críticos dos serviços públicos incluem "o acesso à água e ao saneamento limitado", assim como um índice de acesso e qualidade dos cuidados de saúde "de 24,3 em 100, indicando muitas mortes evitáveis", não fosse o "fraco acesso e qualidade dos cuidados médicos".

quarta-feira, 28 de maio de 2025

OPINIÃO: "Diplomacia como espetáculo, repressão como governo - O regime de Embaló à prova na CEDEAO"

Por: Malick N’Dour

Dossiê para advocacia e circulação internacional


Data: Maio de 2025


A Guiné-Bissau não está em paz. O que aparenta ser ordem é apenas um silêncio imposto, resultado do medo, da repressão e do desmantelamento sistemático das garantias constitucionais.


O Presidente Umaro Sissoco Embaló governa um país onde a Constituição existe apenas no papel e onde a sociedade civil e a oposição estão amordaçadas.


Na aproximação da Cimeira da CEDEAO, marcada para 21 de junho, o regime iniciou uma campanha diplomática não com o objetivo de resolver a crise, mas de a legitimar.


A visita do Presidente senegalês Bassirou Diomaye Faye foi um exemplo claro: multidões encenadas, medalhas distribuídas como panfletos e uma narrativa cuidadosamente controlada vendida como normalidade.


O regime de Embaló não é apenas antidemocrático – é estrategicamente autoritário, empenhado em manipular a perceção regional enquanto sufoca a dissidência interna. A comunidade internacional não deve cair nesse espetáculo.


A CEDEAO deve reconhecer a gravidade do momento e responder com clareza e firmeza.


Comunicado político


A Guiné-Bissau vive sob terror de Estado: a CEDEAO não pode ser cúmplice.


O povo da Guiné-Bissau vive sob um regime de terror institucionalizado. A Constituição está, na prática, suspensa. As liberdades de reunião, de expressão e de participação política foram sistematicamente eliminadas. O Presidente Umaro Sissoco Embaló governa através do medo, da censura e do silenciamento de toda dissidência.


Essa repressão orquestrada tem também um objetivo externo: manipular o posicionamento da CEDEAO antes da sua próxima Cimeira de 21 de junho, onde a crise guineense será debatida.


Para esse fim, Embaló encenou uma série de visitas diplomáticas. Esses espetáculos não devem ser confundidos com legitimidade real.


Apelamos urgentemente à comunidade internacional – e sobretudo aos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO – que não se deixem enganar por essas manobras diplomáticas encenadas.


Apelamos à CEDEAO para que:


1. Condene publicamente as violações sistemáticas dos direitos humanos na Guiné-Bissau;

2. Exija o restabelecimento imediato da ordem constitucional e do Estado de Direito;

3. Envie uma missão independente para avaliar a situação política e de segurança;

4. Rejeite qualquer tentativa de legitimação baseada no medo, na repressão e na diplomacia teatral.


A Guiné-Bissau não pode continuar refém de um regime que governa contra a sua própria Constituição. O momento de agir é agora. O silêncio seria cumplicidade.


Pela democracia, pela liberdade, pelo povo da Guiné-Bissau.

OPINIÃO DO DIA: OS PASSAPORTES GUINEENSES E A DESFOCAGEM DA CULPA

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PAI TERRA RANKA e API CABAS GARANDI denunciam tentativas externas de "legitimação de um poder ilegítimo"

FONTE 👉 E-GLOBAL

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LGDH - COMUNICADO DE IMPRENSA




TELEX - Tal Sall, tal Faye...desavergonhados. AAS

 "Na kil dudessa di tempu di tchuba

Dudus na fertcha pedra na sala


Bibus na kastiga dufuntus
Djugudé fidalgo obi francis

Nés ritimo di arti baratu
Tchebudjen pali, pobar pa la

Terra pirdi ton, terra pirdi alma
Di nós nada ka sobra
"

Djugudé Fidalgo
Mama Djombo/Atchutchi

ACONTECE AGORA

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terça-feira, 27 de maio de 2025

PAI TERRA RANKA e API CABAS GARANDI

C O N V I T E

A  Coligação PAI Terra Ranka e API CABAS GARANDI apresenta os seus melhores cumprimentos e vem convidar o vosso órgão  de informação para  a Cobertura da Conferência de Imprensa a  ter lugar  amanhã, Quarta-feira, 28 de Maio,  pelas 10H00 Horas no Salão Nobre Amílcar Cabral,na Sede do PAIGC.    

Certo de que a vossa presença  irá contribuir para a mais ampla difusão do evento, aceitem as nossas  mais vivas saudações.

Bissau, 27 de Maio   de 2025.

Cordialmente

Porta-Voz da Coligação  PAI-TERRA RANKA.

CIDADÃOS, ACTIVISTAS E MILITANTES PRÓ-DEMOCRACIA DA ÁFRICA OCIDENTAL



PJ EXTEMPORÂNEA

NOTA DsC: A PJ da Guiné-Bissau talvez ainda não saiba, mas o Manuel Nascimento Lopes foi ABSOLVIDO pelo tribunal. Portanto, esta nota da PJ não faz sentido nenhum. Mais, o DsC foi o PRIMEIRO a dar a notícia da liberdade do 'Manelinho' - e não o Correio da Manhã ou outro qualquer órgão - com imagem e tudo. Em Portugal, a Justiça não anda no bolso de ninguém, como na Guiné-Bissau. AAS

NOTA DE IMPRENSA DA PJ

Bissau, 27 de maio de 2025


A Direção Nacional da Polícia Judiciária (PJ) da República da Guiné-Bissau informa que tem acompanhado com particular atenção as informações divulgadas na imprensa portuguesa, nomeadamente no jornal Correio da Manhã, acerca da absolvição do cidadão Manuel Irénio Lopes, conhecido por Manelito, no âmbito do processo de tráfico de estupefacientes julgado em Lisboa. A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau reafirma que colaborou integralmente com as autoridades judiciais e policiais de Portugal envolvidas neste processo.

Em cumprimento das diligências solicitadas pelas autoridades portuguesas, a Polícia Judiciária da Guiné-Bissau procedeu ao envio imediato de todos os elementos requisitados. Em particular, foram remetidos aos órgãos competentes de Portugal o registo de videovigilância do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, bem como cópias de documentos oficiais e demais expedientes que comprovam a verdadeira identidade do suspeito.

A PJ da Guiné-Bissau enaltece a sólida cooperação existente com as autoridades policiais e judiciais portuguesas no combate ao crime organizado transnacional, em especial no tráfico de estupefacientes. Esta parceria de longa data tem-se traduzido numa troca contínua de informações e na realização de diligências conjuntas que visam a desarticulação de redes criminosas que operam entre os dois países.

A Direção Nacional da Polícia Judiciária reitera o seu firme compromisso em reforçar e aprofundar esta cooperação internacional, assegurando que continuará empenhada em apoiar as autoridades portuguesas no desenvolvimento de processos investigativos e operacionais conjuntos.

'MANELINHO' LIVRE

A liberdade, essa conquista 



“Não existe e nunca existirá um homem que me impedirá de regressar ao meu país”

Manuel Nascimento Lopes  Deputado da Nação pelo MADEM-G15

EXCLUSIVO DsC - Primeira imagem do deputado 'Manelinho' em liberdade

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Manuel Lopes, efusivamente saudado no final por familiares e amigos, disse aos jornalistas que não receia regressar a Bissau.

Não existe e nunca existirá um homem que me impedirá de regressar ao meu país”, vincou.

Sempre acreditei na Justiça portuguesa. Eu conheço Portugal desde 1977. Nunca tive nenhum tipo de incidente. Toda gente que me conhece na Guiné e pelo mundo sabe que não sou dos melhores, mas entre os piores não tenho espaço. Tudo isso não passa de uma cilada política. E, graças a Deus, hoje estou livre e estou pronto a regressar ao meu país, onde tenho tanto apoio, onde as pessoas gostam de mim, porque sempre fui trabalhador”, sublinhou


PAIGC - NOTA DE PESAR

 


ÚLTIMA HORA/NOTÍCIA DsC - Deputado Manuel Nascimento Lopes ESTÁ EM LIBERDADE. (em actualização). AAS

Depois de 1 ano e 20 dias preso, fez-se justiça.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

FRENTE POPULAR - Os quatro detidos foram libertados esta noite. O que está hospitalizado deve em princípio receber alta médica amanhã. AAS

MÚSICA - IRAGRETT TAVARES COM NOVO ÁLBUM

 Disponível no site iragrett.com e em todas as plataformas digitais



LGDH: "Liberdade de manifestação não é crime"

Quatro cidadãos: Armando Costa, Suelina da Pina, Daihama e Jonathan Nanque, foram ilegal e arbitrariamente detidos ontem dia 25 de maio de 2025, pelas forças de segurança e conduzidos às instalações do Ministério do Interior.

De acordo com as informações que a LGDH teve acesso, o luso-guineense Armando Costa vulgarmente conhecido por Etiandro, se encontra hospitalizado desde ontem em consequência de agravamento do seu estado de saúde.

A LGDH condena mais uma vez estas detenções ilegais e exige do Ministério do Interior a libertação imediata e incondicional de todos os ativistas.
A LGDH responsabiliza ainda o Ministério do Interior pela vida e integridade física de todos os detidos ilegalmente.
A liberdade de manifestação é um direito fundamental, cujo exercício não depende de caprichos de ninguém.

25 ANOS DO SINDICATO DOS JORNALISTAS E TÉCNICOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Mensagem da Presidente do SINJOTECS, Jornalista Indira Correia Baldé, por ocasião do 20.º Aniversário do Sindicato

Queridas e queridos colegas jornalistas e técnicos da comunicação social da Guiné-Bissau.
Hoje, 25 de maio, celebramos com orgulho e profundo sentido de missão o 20.º aniversário do nosso Sindicato - SINJOTECS. São duas décadas de luta firme, de resistência, de sacrifícios e, acima de tudo, de compromisso inabalável com a verdade, com a liberdade de imprensa e com o direito do povo guineense a ser informado com rigor, responsabilidade e independência.
Ao longo destes 20 anos, enfrentámos enormes desafios – desde a precariedade das nossas condições de trabalho até à censura, intimidações e pressões políticas.
No entanto, é precisamente nestes momentos difíceis que se revela a verdadeira força da nossa classe. Continuámos a fazer jornalismo com coragem, com ética e com dignidade, muitas vezes em contextos adversos e sem as garantias que deviam ser asseguradas num Estado de Direito.
A nossa história é também feita de conquistas: conquistámos espaço, voz e respeito. Defendemos os direitos dos nossos associados, promovemos a formação contínua, erguemo-nos em solidariedade sempre que um dos nossos foi ameaçado, espancado, raptado ou silenciado. E aqui estamos hoje, mais unidos, mais conscientes do nosso papel e mais determinados a não recuar.
Neste dia de celebração, quero deixar uma palavra de esperança.
A Guiné-Bissau precisa, mais do que nunca, de um jornalismo livre, crítico e comprometido com a democracia. O país precisa de jornalistas que não tenham medo de perguntar, de investigar, de incomodar o poder quando necessário – mas que também saibam reconhecer e valorizar o bem comum, o progresso e a paz.
Aos jovens jornalistas, digo: a vossa voz é necessária. A vossa paixão pode transformar a nossa profissão e elevar o jornalismo guineense a novos patamares de excelência. Sejam firmes, sejam éticos, e nunca deixem de acreditar que a verdade é sempre a melhor notícia.
O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau, continuará ao vosso lado, como espaço de luta, de proteção e de construção coletiva. Porque não há democracia sem imprensa livre, e não há imprensa livre sem jornalistas livres e respeitados.
Parabéns a todos e todas por estes 20 anos. Que sejam apenas o início de um futuro mais justo, mais forte e mais promissor para a comunicação social da Guiné-Bissau.
Com estima e solidariedade,
Bissau, 25 de maio de 2025.

domingo, 25 de maio de 2025

PAI TERRA RANKA/API CABAS GARANDI - ANÁLISE DAS ELEIÇÕES NO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA






Fala, Frente Popular

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LIBERDADE, JÁ!

 


MANIFESTAÇÃO/CONSCIÊNCIA NEGRA - PORTUGAL

 


MANIFESTAÇÃO / DETIDOS NA 2ª ESQUADRA: Suelina Pina, Etiandro da Costa, Dá, António Có, Djonatan Nanque e José Alfredo Gomes. A Frente Popular exige a sua libertação imediata. AAS


MANIFESTANTES PRESOS ESTA MANHÃ DURANTE TENTATIVA DE MANIFESTAÇÃO "CONTRA A DITADURA NO PAÍS"

FONTE: Rádio Sol Mansi


Vários manifestantes foram presos esta manhã, em diferentes bairros da cidade de Bissau, na tentativa de realização de uma manifestação pública das organizações
Frente Popular e de Pô de Terra.
Na presença da Rádio Sol Mansi foram presos três elementos civis e sabemos que outros foram presos nas zonas de Antula e QG.
Desde esta manhã as ruas de Bissau estão cheias de Policias de Intervenção Rápida, Guarda nacional e de outros elementos da POP.

A Radio Sol Mansi confirma que eles estavam fardados com as roupas de anti-derrube com armas de fogo e cassetetes.
Segundo fontes das organizações promotoras do evento, os policiais estão a prender pessoas com vestuários desportivos que desconfiarem ser marchante.
A marcha foi promovida com a intenção de "lutar contra a ditadura no país".

AMANHÃ, OUTRA VEZ

 


sábado, 24 de maio de 2025

Missão da UA em Bissau

FONTE: LUSA

 Uma missão da União Africana foi recebida na sexta-feira (23.05) pelo Presidente guineense, no âmbito dos contactos que vai realizar nos próximos dias para avaliar os preparativos para as eleições legislativas e presidenciais marcadas para novembro, disse a chefe da delegação.

A antiga ministra dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe Edite Tenjua disse que o encontro com Umaro Sissoco Embaló visou informar o chefe de Estado guineense dos objetivos da missão.

A missão está em Bissau para contactos com as autoridades guineenses e diversas organizações para avaliar o nível dos preparativos das próximas eleições legislativas e presidenciais, marcadas para 23 de novembro, afirmou.

Mandatada pela Comissão da União Africana, através do departamento de Assuntos Políticos, Paz e Segurança, a missão pretende perceber que apoios a organização continental poderá prestar ao processo eleitoral guineense.

FRANCO CFA: Moeda criada na colonização facilita investimentos ou perpetua dependência com Paris?

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Criado em 1945, o Franco CFA ainda carrega em seu próprio nome o peso dos laços coloniais que ligam a França e o continente africano. 60 anos depois, a moeda ainda impera em 14 países da África. Por que essa relação ainda existe? Quais contrapartidas recebem os países francófonos?
Em entrevista ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, especialistas falaram sobre a moeda criada na era colonial. O mecanismo em questão exige que parte das reservas cambiais dessas nações seja depositada no Tesouro francês, sob controle do Banco Central da França. 
Na prática, isso limita a soberania monetária e econômica desses países, gerando críticas de que se trata de uma forma moderna de colonização disfarçada de parceria monetária. Entretanto, há considerações que este modelo ainda teria pontos positivos.

O Franco CFA é divido em duas moedas: a dos países que formam conjuntamente a Comunidade Econômica e Monetária dos Estados da África Central (CEDEAO), cujo banco central é o Banco dos Estados da África Central e das nações que compõem a União Econômica e Monetária da África Ocidental, cujo banco central é o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO).
As análises positivas sobre o mecanismo se dão a partir da permissão de uma conversibilidade cambial ao euro, definida por uma taxa fixa e que manteria certa estabilidade aos países da zona do Franco CFA. 
Por outro lado, os pontos negativos em questão colocam em cheque a política monetária, vista como um mecanismo neocolonial que bloqueia o desenvolvimento econômico e mina a soberania monetária das nações africanas.

"Por isso que essa África francófona seria uma região em que você tem muito subemprego, em que você tem muita pobreza, justamente por conta dessas políticas que são trazidas", diz José Ricardo Araujo, pesquisador em África Subsaariana do Núcleo de Avaliação da Conjuntura (NAC), da Escola de Guerra Naval (EGN).

Do ponto de vista simbólico, o Franco CFA mantém o mesmo nome desde a era colonial, embora tenha mudado o significado da sigla. Se em sua criação era chamado Franco Colonial Francês da África, posteriormente mudou para Franco da Comunidade Francesa Africana. 
Ao passo que o simbolismo intrínseco reforça o arranjo colonial desta relação, a moeda "reforça uma ideia paternalista do Franco-CFA de forma geral, porque ele vem muito com esse discurso e essa narrativa de que ele é necessário pra garantir a estabilidade do continente africano", opina o analista. 
Além disso, em relação a centralização de reservas cambiais que atualmente são de 50%, entre 1973 e 2005 eram de 65% e logo após a independência a transferência era de 100% para o Banco Central francês. 
A moeda, portanto, segundo o especialista, pode ser lida de forma dicotômica: ou ela facilitaria os investimentos ou acaba perpetuando uma dependência estrutural com o Paris. Nesse sentido, como não se tratam de países homogêneos, o impacto na balança vai pender de acordo com a especificidade de cada nação.

Franco CFA com os dias contados?

Já existe entre alguns países da CEDEAO a proposta de criarem uma nova moeda para substituir o Franco CFA. A moeda Eco seria uma forma que os países dessa comunidade teriam para se desvincular totalmente da França, porém a implementação ainda enfrenta obstáculos. 
"Em 21 de dezembro de 2019, na costa do Marfim, oito países do continente africano e a própria França anunciaram o fim do Franco CFA. Entretanto, vem passando por obstáculos até a sua implementação", conta Carolina Vasconcelos, também pesquisadora do NAC.

A analista avalia que a ideia da moeda é muito boa, sobretudo a partir da perspectiva dos países que a adotem se tornarem mais desvinculados da França. Entretanto, alguns critérios primários como uma inflação de um dígito ao ano e déficit fiscal maior ou igual a 4% do PIB, estabelecidos pela CEDAO para a implementação, ainda são difíceis de atingir. 
Apesar disso, Vasconcelos afirma que 2027 é a nova data de implementação da moeda, que já fora anunciada em 2019, conforme já citou a pesquisadora. "Podendo ser também postergável e assim durar mais outros anos."
Embora pela heterogeneidade da região a abolição ao Franco CFA não seja uma questão unânime, a especialista vê essa mudança como um movimento de descolonização e cita que essa é uma percepção até do presidente francês Emmanuel Macron. 

"O próprio Macron estava em um evento em 2019, anunciando a Eco. E ele mesmo, no evento, reconheceu a questão do colonialismo. Eles também chamaram a França para poder anunciar, para poder haver essa ruptura, ao mesmo tempo de braços abertos", afirmou.

O passo dado pelos países da CEDAO, para José Ricardo Araújo, vai ao passo da existência da possibilidade de grandes parceiros comerciais que se formam no globo, o que corrobora para que os países africanos possam abandonar essas amarras coloniais. 
"Um pouco disso também norteou a decisão de diversos países da África francófona, inclusive alguns deles sobre o Franco-CFA que pediram o fechamento das bases militares francesas no continente porque entendem que existem outras possibilidades na cooperação por segurança, assim como eles também podem caminhar para entender que existem outras possibilidades na cooperação monetária", avaliou.

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