FONTE: CFM
Braima Camará, coordenador nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) defendeu uma nova era para a Guiné-Bissau, sem intriga e ações para a eliminação física dos adversários políticos e repudia ainda o uso de violência.
Num encontro com a juventude do MADEM-G15, na sede do partido, esta quinta-feira (13.03), em Bissau, Braima Camará recorreu ao passado, evocando nome de várias figuras políticas guineenses assassinadas, em diferentes contextos do país, questionando ainda o porquê da maldade.
O político anuncia a sua indisponibilidade em abraçar qualquer projeto de violência.
"Temos que virar a página, a Guiné-Bissau tem que mudar. Não temos que ter a cultura de caçar uns aos outros para matar. Não vou acompanhar ninguém na violência e que ninguém conte comigo na violência", disse perante o salão repleto de jovens, muitos deles vindos das regiões do país.
Braima Camará lança um desafio aos adversários políticos e a quem esteja a perturbá-lo.
"Se acreditas que tens bom comportamento, vamos ter com o povo para vermos em quem ele mais acredita", disse, aludindo às eleições.
No entanto, Camará defende que o diálogo é único caminho para a saída da Guiné-Bissau de cíclicas instabilidades. Disse que é preciso conversar também a nível do Movimento para Alternância Democrática, para encontrar soluções.
"Este país precisa do diálogo sério. Quando o disse pela primeira vez, muita gente ficou chateada comigo. Agora são as mesmas pessas que estão a pedir o diálogo", disse.
Braima Camará é da opinião que, em qualquer processo de diálogo, é preciso "cedências", mas deixa claro que a sua liderança não é negociável.
Aos jovens do MADEM-G15, o líder político pediu "oportunidade" e "benefício de dúvida", afirmando em seguida que, só com o conhecimento, tolerância e diálogo é que se pode desenvolver a Guiné-Bissau.