quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Guiné-Bissau inicia o ano 2025 com denúncias de violações de direitos humanos e prisões arbitrárias de jornalista e músico


O jornalista Hamadi Candé foi detido enquanto se dirigia ao Hospital Nacional Simões Mendes para realizar uma cobertura jornalística sobre o nascimento do primeiro bebê do ano. Segundo informações apuradas pela Digital Mídia Global TV, Candé foi abordado por autoridades na de Chapa de Bissau, mesmo estando devidamente identificado como jornalista.


De acordo com a fonte, o Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro, estava no local no momento da abordagem. Após questionar sobre a identidade de Hamadi Candé, o jornalista apresentou suas credenciais e informou que estava trabalhando. No entanto, segundo relatos, José Carlos teria respondido de forma agressiva, afirmando: "O que é? Jornalista? Cala a boca, vais para a cela e vão receber algumas chicotadas. Aqui ninguém passa!"

Hamadi Candé foi liberado na tarde desta quarta-feira, mas o incidente gerou indignação e levantou preocupações sobre o respeito aos direitos humanos e à liberdade de imprensa no país.

Em outro caso ocorrido na noite de passagem de ano, o músico guineense conhecido como Negrinho OG também foi detido. Ele estava retornando do Estado Lino Correia, onde participaria de um show de Kambança organizado pelo Ministério da Cultura, quando foi abordado por autoridades. Apesar de tentar explicar sua situação, foi levado à Segunda Esquadra sem justificativa clara: Negrinho OG já está em liberdade desde manhã.

Esses episódios destacam mais uma vez a fragilidade no respeito aos direitos humanos na Guiné-Bissau. É fundamental que medidas sejam tomadas para evitar que situações semelhantes se repitam, pois elas prejudicam gravemente a imagem do país no cenário nacional e internacional.

Até o momento, o Ministério do Interior não se pronunciou sobre os casos. Resta aguardar sua versão dos fatos.