FONTE: CFM
O jurista Fransual Dias disse à Capital FM que a Guiné-Bissau está "baralhada", sem saber o seu destino e criticou a situação socio-política do país, que diz ser "péssima", com "desvios" a vários níveis, nomeadamente em relação aos direitos humanos.
"Hoje, estamos num país completamente baralhado, onde um corrupto tem a ousadia de apontar o dedo [acusador] a pessoas honestas, onde a 'meritocracia' é afastada", começou por descrever esta quinta-feira, em entrevista ao programa Ângulo Aberto, da CFM.
Fransual Dias situa a Guiné-Bissau em relação ao respeito aos direitos humanos e às leis.
"Hoje, estamos envolvidos em várias situações, nomeadamente o desrespeito a princípios da legalidade, aos direitos fundamentais, à dignidade da pessoa humana e o desrespeito aos objetivos da existência do Estado da Guiné-Bissau", afirmou Dias.
O jurista criticou ainda a situação dos combatentes da liberdade da pátria e afirma que "se não fosse a banalização e partidarização de tudo [na Guiné-Bissau], os combatentes não teriam sido abandonados".
A Guiné-Bissau está em "suspense" e vive uma incerteza, sobretudo em relação ao fim do mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló. O Chefe de Estado diz que o seu ciclo na Presidência da República deve terminar em setembro deste ano, enquanto a oposição aponta para 27 de fevereiro próximo como o limite do mandato de cinco anos de Embaló.