FONTE: RFI
O Presidente francês, Emmanuel Macron, manteve um almoço de trabalho nesta segunda-feira em Paris com o seu homólogo guineense, no âmbito da visita oficial de Umaro Sissoco Embaló. Este participou já no sábado nas cerimónias da reabertura da sé catedral de Paris "Notre Dame". No domingo ele avistou-se com a comunidade guineense tendo sectores da diáspora relatado agressões da parte de seguranças do chefe de Estado da Guiné-Bissau. Até ao momento a presidência guineense não comentou o relatado.
"Estou muito feliz por o acolher para a primeira visita oficial a este país de um chefe de Estado da Guiné-Bissau". Com estas palavras o anfitrião, Emmanuel Macron, enalteceu o patamar que as relações bilaterais entre Paris e Bissau alcançaram com a presidência de Umaro Sissoco Embaló.
O estadista africano, por seu lado, fez questão em frisar a visita inédita que Macron efectuou já ao seu país em Julho de 2022.
"Esta relação que mantemos hoje com a França atingiu um patamar superior, sobretudo que nunca antes a Guiné-Bissau recebera a visita de um governante francês", disse esta segunda-feira Umaro Sissoco Embaló no Eliseu.
Ambos os presidentes enfatizaram a importância do estreitamento das relações bilaterais passando pela anunciada abertura para breve de um liceu francês na capital guineense.
Macron realçou os dossiers da segurança, nomeadamente, marítima, a ajuda orçamental, ou ainda a protecção dos oceanos como temas fulcrais para Bissau e Paris à luz, também da preparação da Conferência da ONU sobre os oceanos prevista para Junho na cidade francesa de Nice.
Os presidentes guineense e francês almoçaram no Eliseu nesta segunda-feira.
Umaro Sissoco Embaló fez parte do grupo de 4 estadistas africanos presentes em França em Paris na reabertura da sé catedral de Paris no sábado.
No domingo o presidente guineense avistou-se com a comunidade radicada neste país europeu, numa sala do terceiro bairro da capital francesa.
Sectores da diáspora guineense denunciaram espancamentos supostamente perpetrados por agentes da segurança do chefe de Estado da Guiné-Bissau.
Até ao momento as autoridades guineenses não comentaram o ocorrido. Uma queixa deve ser apresentada às autoridades francesas pelas alegadas vítimas pertencentes à diáspora.
Nas redes sociais a presidência guineense alega que "o encontro destacou a solidariedade ao chefe de Estado pelos avanços visíveis no desenvolvimento da Guiné-Bissau e reafirmou o compromisso com a transparência e o combate à corrupção" por parte da comunidade radicada em França.