quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Domingos Simões Pereira denuncia tentativa de o afastar das presidenciais

FONTE: RFI

Domingos Simões Pereira, que disputou a segunda volta das últimas eleições presidenciais com o actual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, diz que está em curso uma tentativa de o impedir de participar nas próximas presidenciais guineenses.O também líder do PAIGC e da coligação PAI-Terra Ranka faltou nesta terça-feira a uma audiência que o Presidente Embaló realizou com os partidos com assento parlamentar.


Domingos Simões Pereira disse que não compareceu à audiência com o Presidente Embaló por não ter sido convocado enquanto líder do parlamento, mas sim como coordenador da coligação PAI-Terra Ranka.


Na mesma altura em que o Presidente recebia líderes de outras formações políticas, Domingos Simões Pereira falava em conferência de imprensa na sua residência em Bissau.


Grosso modo, disse que está em curso uma cabala político-judicial com o intuito de vedar a sua participação nas próximas eleições presidenciais.


O expoente desta alegada cabala seria o Procurador-Geral da República que o quer agora indiciar de práticas de corrupção quando era ainda primeiro-ministro em 2015.

Simões Pereira diz que é também uma estratégia para desviar a opinião pública guineense e internacional sobre o essencial.

 

Faço esta conferência de imprensa neste momento para alertar a opinião pública nacional e internacional para não perder o foco sobre os assuntos essenciais. E, para mim, os assuntos essenciais é que o nosso país voltou a ser falado, não pelos melhores motivos.


Mas por um avião que continua no aeroporto, por uma bagagem que foi queimada, mas que não deixa de nos colocar um rótulo do qual não nos orgulhamos. Do facto de estarmos a consumir os cinco últimos meses do mandato do presidente da república. Sem que ele faça a marcação da eleição presidencial.


E, portanto, termino aqui para dizer que o presidente podia, muito tranquilamente, ter convocado uma reunião do Conselho de Estado ou convocar o presidente da Assembleia nacional popular para juntos podermos encontrar soluções.


Em vez disso o que nós vemos é continuar a haver assalto às instituições: assaltou-se o Supremo Tribunal, assaltou-se a Assembleia Nacional Popular e agora não sei qual será o próximo passo ?!

 

Domingos Simões Pereira estava-se a referir ao avião que trouxe da Venezuela mais de duas toneladas e meia de cocaína e ainda ao facto de, na opinião de vários partidos, o mandato do atual Presidente terminar no dia 27 de fevereiro de 2025.

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