FONTE: LUSA
Porfírio Silva convoca reunião da CPLP para analisar situação política em Bissau
O deputado do PS Porfírio Silva, na qualidade de presidente da 1ª comissão da Assembleia Parlamentar da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), convocou para janeiro uma reunião para analisar a situação política na Guiné-Bissau. Porfírio Silva, em representação do parlamento português na Assembleia Parlamentar da CPLP, convocou para os dias 9 e 10 de janeiro, em Luanda, uma reunião destinada a analisar a “situação político-parlamentar nos diferentes Estados-membros, designadamente à luz dos recentes acontecimentos”, em especial na Guiné-Bissau.
“O Estado de Direito e a democracia, o respeito pela Constituição são pedras basilares para que os nossos países possam avançar”, afirmou à agência Lusa Porfírio Silva, presidente da comissão de política, estratégia, legislação, cidadania e circulação da Assembleia Parlamentar da CPLP.
Membro do Secretariado Nacional do PS e vice-presidente da bancada socialista, Porfírio Silva considerou que há uma situação na Guiné-Bissau que “merece preocupação”. “A Constituição da Guiné-Bissau prevê que a Assembleia Nacional Popular não pode ser dissolvida nos 12 meses posteriores à sua eleição, nem no último semestre do mandato do Presidente da República, nem, ainda, durante a vigência de estado de sítio ou de emergência”, referiu.
Ora, apontou Porfírio Silva, as eleições para a Assembleia Nacional Popular foram em junho “e há uma larguíssima maioria constituída por vários partidos a funcionar de forma perfeitamente regular”. “O presidente da Assembleia Nacional Popular [Domingos Simões Pereira] já disse que vai convocar os deputados para reunir. E se for impedido pela força de reunir a assembleia – na medida que a dissolução sendo contrária à constituição é nula -, entende que tal configurará um golpe de Estado. Estamos perante uma situação preocupante e que nós não podemos deixar de analisar”, alegou.
De acordo com Porfírio Silva, no caso da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, “é recorrente a tentativa de que não exerça o seu papel de representante do povo guineense”. “Vou convocar esta reunião o mais rapidamente possível. Esta é uma organização que tem membros em vários continentes. A reunião não pode ser imediata, mas será no mais curto espaço de tempo possível”, justificou.