sábado, 11 de novembro de 2023

RESOLUÇÕES FINAIS - IV Reunião Extraordinária do Bureau Político do PAIGC

RESOLUÇÕES FINAIS


(Aprovadas pela maioria de 81 participantes dos 110 Membros 


Convocados)


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O Bureau Político do PAIGC, reuniu-se no dia 10 de Novembro

de 2023, no Salão Nobre Amílcar Cabral, na Sede do PAIGC, na

sua IV Sessão Extraordinária, à luz dos artigos 35º e 36º (Alíneas

D e E dos Estatutos do Partido).


Dos 110 Membros do Bureau Político convocados para esta

reunião, participaram 81 Membros, que aprovaram por

unanimidade a constituição da Equipa da Redacção,

composta pelos Camaradas Francisco Muniro Conté, Maria

Armanda Monteiro Gomes, Rui Gonçalves Cardoso e Rosa

Balde, tendo de seguida aprovada, por unanimidade, Ordem

do Dia com os seguintes pontos: 


1. Informações Gerais;

a. Enquadramento dos militantes e quadros do Partido;

b. Ocorrência no STJ;

2. Apresentação e adopção do Programa do Governo;

3. Proposta de Reestruturação do Secretariado Nacional


A sessão de abertura desta IV Reunião Extraordinária do

Bureau Político, alargada aos Líderes da Coligação PAI-

Terra Ranka e com a participação de alguns convidados, foi

presidida pelo Presidente do PAIGC, Camarada Eng.

Domingos Simões Pereira. Na sua alocução, sublinhou o facto

desta IV Sessão Extraordinária constituir a primeira, após a

investidura dos Deputados da ANP e a formação do Governo da

XI legislatura.


Tendo considerado ser costumeiro as reuniões dos Órgãos

Centrais do PAIGC serem marcadas pelas ausências dos

camaradas desaparecidos fisicamente, o Presidente do PAIGC

pediu que fosse observado um minuto de silencio em homenagem

aos militantes, responsáveis e dirigentes falecidos no período


intermédio entre a III e a IV Reunião Extraordinária do BP.

Referindo-se aos actuais desafios da governação, decorrentes das

Eleições de 4 de Junho de 2023, o Camarada Eng. Domingos

Simões Pereira afirmou a proeza da Coligação PAI-Terra Ranka

de ter ganha o escrutínio não configura o fim do processo, mas,

antes pelo contrário, o início assumir e orientar a governação nos

4 anos subsequentes a formação do Governo.


O Presidente do PAIGC voltou a rebater sobre as escolhas para

candidatura a Deputados e a nomeação dos Membros do Governo,

afirmando que por esforço e transparência no processo foi difícil

acomodar todos os militantes ou dirigentes que tiveram mérito na

defesa dos desígnios do Partido. Disse a propósito, de que devem

ser privilegiadas a unidade e coesão internas.


Antes de terminar esta sua intervenção na abertura da sessão do

BP, o Camarada Eng. Domingos Simões Pereira, saudou os

Líderes dos Partidos da Coligação PAI-Terra Ranka, os deputados

e os Membros do Governo convidados a assistir a Reunião.


Após esta curta intervenção, o Presidente do PAIGC convidou o

Secretário Nacional do Partido a fazer o enquadramento dos

militantes e quadros no âmbito da reestruturação do Secretariado

Nacional, determinada pela saída de alguns quadros para

integrarem o Governo.


Na sua exposição aproveitou para falar de todo o processo que

conduziu a formação do Governo e as nomeações para os lugares

intermédios. Reagindo as eventuais críticas sobre alegadas

interferências do Secretariado Nacional sobre as escolhas

efectuadas, o Camarada António Patrocínio Barbosa Da Silva

apelou por outro lado a calma e a ponderação por eventuais

descontentamentos de alguns militantes e dirigentes que não

mereceram escolhas, afirmando que os interesses do PAIGC

devem sobrepor aos interesses pessoais.


Referindo-se as disputas internas para as promoções nas

estruturas governamentais, o SN afirmou que o facto se deve ao

congestionamento da Administração Publica e a poucas ofertas de

emprego no Sector Informal.


De seguida, o Presidente do Partido, referindo-se ainda ao

primeiro ponto da Ordem do Dia, convidou o Primeiro-Ministro

a dar explicações sobre os incidentes ocorridos no Supremo

Tribunal da Justiça, marcados pela invasão de um grupo de

homens fardados e fortemente armados, supostamente para

defender uma das alas que disputam a liderança nesta Corte

Suprema.


Na sua intervenção o PM, fazendo alusão ao Comunicado do

Conselho de Ministros, manifestou a sua preocupação pelo

ocorrido, tendo reiterado os esforços que o seu executivo tem

vindo a fazer para uma colaboração institucional e efectiva entre

os órgãos da soberania.


A intervenção do Chefe do Executivo foi seguida de debates que

se incidiram no repúdio e na condenação dos acontecimentos no

STJ, tendo apelado o respeito e a observância das Leis visando o

respeito dos ditames do Estado de Direito Democrático e da

legalidade democrática. Algumas intervenções durante os debates

se incidiram no elogio a sensatez do Governo em não ter

respondido as provocações, sendo que exigiram explicações desta

e demais situações de violações que possam advir configurando

violações contra as Leis da República.


Concluído o debate e entrando no segundo ponto da Ordem de

Dia, o Presidente do Partido, solicitou ao PM a apresentação, em

resumo, do Programa do Governo da XI Legislatura. Após ter

revisitado os principais eixos deste Programa, o documento foi

submetido a plenária para a sua adopção, tendo sido adoptado

pela unanimidade dos Membros do BP presentes.


O terceiro e último ponto da Ordem do Dia, foi marcado pela

apresentação da nova estrutura do Secretariado Nacional, que

comportou algumas mudanças na nomenclatura deste órgão

executivo. O documento, apresentado pelo Secretário Nacional,


António Patrocínio Barbosa, foi aprovado por unanimidade, com

emendas.


Findo as sessões de debate, o BP deliberou:


1. Congratular e felicitar as reacções da Mesa da ANP,

do Governo e das Lideranças da Coligação PAI-Terra

Ranka face à invasão do STJ:


2. Exortar, face à renúncia do Presidente do STJ, a

todos os órgãos de Soberania sobre a necessidade do

cumprimento escrupuloso das normas pré-

estabelecidas com vista à eleição do novo Presidente

desta instância suprema da Justiça;


3. Renovar a confiança no Governo da XI Legislatura e

no Primeiro-Ministro, Camarada Geraldo João

Martins, por ter revelado uma postura de estado, não

respondendo às provocações que poderiam

desembocar em confrontação entre os Órgãos de

Soberania;


4. Manifestar a sua solidariedade para com Governo

pelo seu bom desempenho nos cerca de 90 dias de

governação, marcados pela tomada de medidas sociais

que vem mitigar ou diminuir os efeitos da crise que

nos últimos 3 anos abalou o País, assim como pela

comemoração do 50º aniversário da proclamação do

Estado da Guiné-Bissau, na localidade de Lugadjol,

nas Colinas do Boé;


5. Renovar a sua confiança ao Presidente do PAIGC,

que, enquanto Presidente da ANP, órgão que, por

excelência, é fiscalizador da legalidade, tem primado

pela condenação e repúdio pelos actos que afrontam

as Leis e a Democracia guineense;


6. Encorajar o Governo a tomada de medidas visando a

criação de mais oportunidades de emprego no Sector

Privado, por forma a diminuir a pressão sobre a

Administração Publica, contribuído assim na

despolitização do Aparelho de Estado;


7. Adoptar o Programa do Governo da XI Legislatura, a

ser submetida a ANP;


8. Aprovar uma Moção de Felicitação e Solidariedade

para com o MPLA, por ocasião do 48º da

Independência da República de Angola.


Considerações finais    


A reunião do Bureau Político decorreu num ambiente de

discussões abertas e francas, observando as normas estatutárias no

que se refere a Democracia Interna no seio do PAIGC.

Feito em Bissau, aos 10 dias do mês de Novembro de dois mil

e vinte e três.

O Bureau Político.


Sede Nacional do PAIGC Praça dos Heróis Nacionais

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