No final da audiência, o Embaixador falou aos jornalistas:
Sua Excelência Senhor Primeiro-Ministro Braima Camará recebeu hoje em audiência o Embaixador do Brasil, Senhor Pablo Duarte Cardoso para uma visita de cortesia na sequência da qual transmitiu ao Chefe do Executivo a disponibilidade do país irmão em retomar os fornecimentos de medicamentos antirretrovirais para doação, em caráter de cooperação humanitária internacional, que poderão ser fornecidos ao sistema de saúde da Guiné-Bissau, logo que as autoridades competentes tomem essa iniciativa.
Concretamente, de acordo com as informações prestadas pelo Embaixador Pablo Duarte Cardoso o Brasil dispõe de estoques dos medicamentos NEVAPIRINA 200 e o MG e EFAVIRENZ 600 MG, que eventualmente poderão ser transportados até o território guineense às expensas do Governo brasileiro logo que os mecanismos sejam accionados pela Guiné-Bissau.
De igual modo, o Embaixador brasileiro informou o Primeiro-Ministro Braima Camará que já se encontram nas instalações da Embaixada do Brasil em Bissau os equipamentos completos para hemodiálise que foram doados pelo Governo do Brasil ao Hospital Simão Mendes, sob solicitação de Sua Excelência Senhor Presidente da República e Comandante Supremo das Forças de Defesa e Segurança, General Úmaro Sissoco Embaló, aquando da sua visita de Estado ao país irmão.
O Chefe do Executivo guineense agradeceu ao governo brasileiro por estes apoios, principalmente virados para o sector da saúde para o qual Sua Excelência Senhor Presidente da República presta sempre uma atenção muito especial.
Braima Camará considerou que a instalação e o funcionamento dos serviços de hemodiálise constituirão um passo em frente para um sector de saúde muito necessirados para suprir a crescente demanda nacional. Em relação aos retrovirais, Sua Excelência Senhor Primeiro-Ministro disse que esse processo deve ter num carácter de urgência dado o facto de ter sido informado pelos responsáveis da saúde que os mesmos se encontram em situação de ruptura.
De igual modo, o Chefe do Governo disse ao Embaixador Duarte Cardoso que há uma estrada longa que ainda deve ser percorrida pela cooperação guineense-brasileira nos mais diferentes sectores, nomeadamente, para além dos sectores nucleares da saúde e educação, "há o sector agro-alimentar onde a experiência brasileira pode dar um grande impulso ao desenvolvimento guineense como por exemplo o sector do cajú".
