Recebido calorosamente pelas populações de Saradjai, o Primeiro-Ministro Braima Camará, acompanhado desde Bissau pelo General Mamadu Turé, Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, presidiu à cerimónia da primeira colheita de arroz cultivado exclusivamente pelas Forças Armadas, no campo agrícola de Saradjai, antiga Agro-Geba, em Cossará, Região de Bafatá.
Na ocasião, o Coronel Eng. Manuel da Costa, responsável pelo Programa de Produção das Forças Armadas, destacou que a presença do Chefe do Governo no acto “testemunha a importante contribuição que a produção militar está a dar ao processo de desenvolvimento económico e social do país, através da participação ativa das Forças Armadas nas tarefas de reconstrução nacional em tempo de paz, com toda a legitimidade constitucional”.
O responsável militar sublinhou ainda que “a cerimónia de colheita decorre num clima de alegria e contentamento, transformando-se num verdadeiro momento de festa, porque aquilo que plantámos deu fruto e hoje colhemos com satisfação o resultado do nosso trabalho”.
Dirigindo-se diretamente ao Primeiro-Ministro, o Coronel Eng. Manuel da Costa acrescentou:
“Senhor Primeiro-Ministro, permita-me afirmar com humildade que o resultado que hoje testemunha simboliza apenas o início de uma produção alimentar de qualidade e em larga escala, destinada a garantir a autossuficiência alimentar das Forças Armadas e a reduzir os encargos do Estado com a sua alimentação. Este acto será rotineiro daqui em diante, e esperamos regressar dentro de quatro meses, aqui ou noutra localidade, com o mesmo propósito. O nosso objetivo é assegurar a produção de bens de consumo vegetal e animal em quantidade e qualidade suficientes, contribuindo para aliviar o peso do Orçamento Geral do Estado e promover a saída da crise socioeconómica.”
Por seu turno, o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Madanú Quetá, informou que o seu pelouro, em coordenação com as Forças Armadas e sob as orientações de Sua Excelência o Senhor Presidente da República e Comandante Supremo das Forças de Defesa e Segurança, estabeleceu um Convénio de Parceria e Cooperação Técnica.
Deste convénio nasceu, em março do corrente ano, o Projeto Conjunto para a Promoção da Segurança Alimentar, cujo objetivo é alcançar uma produção estimada de 200 toneladas de arroz na bolanha da Campossa C2, em Bafatá, “sem contar com o potencial da bolanha da ex-Agro-Geba, capaz de produzir dez vezes mais”.
Ainda segundo o Coronel Eng. Manuel da Costa, no âmbito da mesma parceria, prevê-se: a produção de raízes e tubérculos acima de 50 toneladas no Plano 3, em Contubuel; o desenvolvimento de produção intensiva de horticultura; a criação de frangos de corte e galinhas poedeiras em Ilondé (Região de Biombo), com capacidade para produzir 25 toneladas de carne de frango a cada 45 dias e cerca de 8.000 ovos diários, e a expansão da piscicultura em Fá-Mandinga, com produção prevista entre 20 e 30 toneladas de peixes e camarões a cada seis meses.
O oficial acrescentou ainda que “o financiamento deste grande projeto pelo Governo da Guiné-Bissau resolverá definitivamente o problema da alimentação das Forças Armadas, reduzindo substancialmente os encargos do Estado já a partir do primeiro trimestre de 2026. Após esta colheita, iniciaremos a lavoura da época seca, ainda em dezembro deste ano”.
Na sua intervenção, o General Mamadu Turé, Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, afirmou:
“O sonho do Comandante Supremo, General Úmaro Sissoco Embaló, e do Chefe do Estado-Maior General, General Biaguê Nan N'Tam, está a materializar-se de forma sustentável. As nossas Forças Armadas são cada vez mais republicanas e determinadas em alcançar a autossuficiência alimentar, reduzindo o peso do Orçamento Geral do Estado, sem nunca esquecer o papel que a Constituição nos confere como força nacional ao serviço da República.”
Encerrando a cerimónia, o Primeiro-Ministro Braima Camará destacou “o papel cada vez mais relevante das Forças Armadas no processo de desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau”, elogiando a postura republicana e disciplinada das tropas “que têm garantido ao longo do mandato de Sua Excelência o Senhor Presidente da República uma sólida estabilidade traduzida em paz e unidade nacional”.
O Chefe do Governo sublinhou ainda “a contribuição exemplar das Forças Armadas sob a liderança do General Biaguê Nan N’Tam e a orientação do Presidente Úmaro Sissoco Embaló na construção de uma instituição militar moderna, produtiva e consciente do seu papel na reconstrução nacional”.
“As Forças Armadas — recordou o Primeiro-Ministro — foram ontem o pilar da luta de libertação e devem continuar hoje a marcar positivamente a história do país. O que vi aqui em Saradjai é um exemplo marcante da capacidade e do futuro promissor da nossa instituição castrense.”
Dirigindo-se às populações locais, Braima Camará assegurou que “as eleições legislativas e presidenciais terão lugar no dia 23 de novembro, conforme previsto”, apelando ao povo guineense para “votar de forma massiva e consciente no General-Candidato Úmaro Sissoco Embaló, o garante número um de uma nova Guiné-Bissau, próspera e de felicidade para todos os guineenses”.
