Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro, Braima Camará, acompanhado por Sua Excelência o Senhor Ministro das Finanças, Dr. Ilídio Vieira Té, e por membros do seu Gabinete, recebeu em audiência a Missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que se encontra no país para proceder à avaliação dos objetivos fixados pela última missão de acompanhamento.
Na sua intervenção, o Chefe da Missão do FMI, Niko Obdari, destacou essencialmente dois pontos centrais:
1. Política fiscal, sublinhando a necessidade de maior contenção orçamental, face ao elevado volume de despesas registado em obras públicas, processos eleitorais e segurança.
2. Recapitalização do Banco da África Ocidental (BAO), manifestando preocupação com a lentidão do processo e recomendando esforços adicionais para garantir a estabilidade financeira da instituição.
O FMI reconheceu que, no essencial, o Programa em curso segue uma trajetória positiva, mas reiterou a necessidade de alguns ajustes para assegurar a redução do défice orçamental.
Em resposta, Sua Excelência o Primeiro-Ministro assegurou ter tomado boa nota das observações apresentadas e declarou que, sob as superiores orientações de Sua Excelência o Senhor Presidente da República, o Governo irá impor uma gestão mais rigorosa e disciplinada.
Contudo, o Chefe do Executivo sublinhou perante a Missão do FMI que a política de contenção de despesas não poderia ser aplicada de forma estrita nos setores da Educação e da Saúde, considerados nucleares para o Governo. Justificou esta posição com as pressões legítimas dos sindicatos e com a necessidade de responder a situações imprevistas, nomeadamente crises sanitárias como surtos de cólera ou pandemias, que exigem despesas adicionais não previstas no orçamento.
Relativamente ao Banco da África Ocidental (BAO), o Primeiro-Ministro reafirmou que o dossiê constitui uma prioridade para o Executivo e garantiu que todos os esforços serão envidados, sob a orientação do Presidente da República, para alcançar uma solução duradoura e sustentável.