FONTE: CFM
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O antigo Comandante Geral da Guarda Nacional (GN), Victor Tchongo, foi condenado esta segunda-feira (02.06), a oito anos de prisão efetiva, pelo Tribunal Militar Regional, por "crime de sequestro", tipificado no Código Penal Militar.
Sob os ombros do operacional das forças armadas, pendiam vários crimes, nomeadamente de Comando IlegÃtimo, Movimento Injustificado, Uso IlegÃtimo de Armas, Desobediência, Desmando e Desobediência Coletiva, todos do Código de Justiça Militar. Mas esses delitos acabaram por ser desconsiderados pela acusação.
Quem também foi condenado pelo Tribunal Militar Regional, mas a nove anos de prisão efetiva, é Ramalhano Mendes, antigo chefe das operações da GN, enquanto o seu braço-direito, Lamine Camará foi sentenciado a sete anos.
Todos os condenados neste caso foram, por ordem do coletivo de juÃzes, expulsos das forças armadas, após o cumprimento das respetivas penas.
31 pessoas tiveram sortes diferentes e foram absolvidos pelo Tribunal Militar Regional, por falta de provas.
Os três oficiais foram detidos na manhã de 1 de dezembro de 2023, após uma noite agitada em Bissau, na sequência de retirada, à força, das celas da PolÃcia Judiciária (PJ), do então ministro das Finanças, Suleimane Seidi, e do secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, acusados da prática de corrupção, pelo Ministério Público guineense, num caso que ficou conhecido por "seis bilhões".
O Presidente Umaro Sissoco Embaló considerou o ato uma tentativa de golpe de Estado e acusou a GN, dirigida por Victor Tchongo, na altura, de ser responsável pela retirada dos dois governantes das celas. A noite de 30 de novembro e manhã de 1 de dezembro de 2023 foram marcadas por trocas de tiro entre o batalhão da Presidência da República e os elementos da Guarda Nacional.
Suleimane Seidi e António Monteiro, agora em liberdade, foram devolvidos às celas após o batalhão da Presidência da República controlar a situação de deter vários elementos da Guarda Nacional.