domingo, 15 de junho de 2025

Sociedade civil critica uso de militares no hospital durante greve na saúde

FONTE: RFI

Umaro Sissoco Embaló, ordenou os militares a reforçarem o atendimento dos doentes no hospital Simão Mendes, o principal estabelecimento do país, numa altura em que o país regista um movimento de greve no sector da saúde. A decisão está a ser criticada pela sociedade civil.


O Presidente guineense diz não compreender o movimento de greve que afecta, desde o inicio desta semana, os sectores da saúde e educação e que deve manter-se até amanhã, 13 de Junho.


Umaro Sissoco Embalo garante que primeiro-ministro, em 2018, pagou todas as dividas reivindicadas pelos professores e pelo pessoal médico, versão que é contestada pela Frente Social que fala em incumprimento do que foi acordado com as autoridades.


Em entrevista à RFI, o porta-voz da Frente Social denunciou o incumprimento do acordado sobre a remuneração e a carreira dos profissionais. Yoyo João Correia alertou para a substituição de pessoal grevista.


O Presidente guineense avisou que vai pedir à Polícia Judiciária e o Ministério Público para que averiguem se realmente existem ou não dividas aos professores e ao pessoal medico e, na eventualidade de não existirem dividas, os sindicatos serão chamados à responsabilidade.


O chefe de Estado da Guiné-Bissau esclareceu que a decisão de recorrer a médicos militares no hospital Simão Mendes, ficou a dever-se ao facto dos técnicos civis estarem em greve, sublinhado que memso no final da greve dos militares vão manter-se no estabelecimento hospital, acrescentando que “a Guiné-Bissau não pode ficar refém dos sindicatos”.


A Liga Guineense dos Direitos Humanos e a Frente Social, plataforma que convocou a greve, já vieram criticar a decisão das autoridades, afirmando que ela poderá complicar ainda mais o diálogo. 


Em relação a novos pagamentos, Umaro Sissoco Embalo avisou que devido às restrições orçamentais, impostas pelo Fundo Monetário Internacional, não é possível aumentar salários, nem mesmo do Presidente da República.


A Liga dos direitos humanos, por intermédio do seu presidente Bubacar Turé, numa entrevista a Eva Massy, apela a que o governo se sente à mesa das negociações com os sindicatos para que se encontre uma solução a estas greves cíclicas. 


"Estas são medidas paliativas que não resolvem o problema. O que o governo deve fazer é estabelecer mecanismos claros de diálogo transparente com as organizações sindicais para encontrar soluções aos problemas. Nós sabemos que os problemas são estruturais, mas havendo vontade política, seriedade, os problemas se resolvem com diálogo e gradualmente. Portanto, estas medidas de requisições civis devem ser feitas nos termos da lei e não ofuscar a liberdade sindical. As autoridades têm que cumprir a lei da greve, tal como as organizações sindicais. Não se pode sistematicamente recorrer à requisição civil para ofuscar a liberdade sindical e, com isso, furtar-se na obrigação de sentar-se na mesma mesa com estas organizações sindicais para encontrar soluções e resolver os problemas críticos que existem. Nós pensamos que é fundamental isso para evitar danos e evitar sofrimento da população".

Seja um Vencedor. Aposta e Ganha

Jogue   Online em   👉  BWinn ers 💰 ? 15.000.000 Fcfa MEGA JACKPOT  💰 !   ⚽  Teste suas habilidades prevendo os resultados de 14 emocionan...