FONTE: CAP GB
O Sindicato de Base do Instituto Nacional de Fiscalização Marítima (INFISCAP-IP) acusa o Governo de abandonar a fiscalização das águas territoriais da Guiné-Bissau há mais de quatro meses. Durante uma conferência de imprensa realizada em Bissau, a estrutura sindical exigiu a demissão imediata do Diretor-Geral do instituto, Carlos Nelson Sanó.
“Realizamos esta conferência para expressar a nossa profunda indignação face à incapacidade da atual direção em gerir o INFISCAP. É inadmissível que, durante quatro meses, o mar da Guiné-Bissau esteja sem qualquer tipo de fiscalização. Alguém tem de ser responsabilizado”, afirmou Mamadu Infamara Mané, presidente do sindicato.
O sindicalista denunciou ainda a alegada efetivação irregular de dez funcionários no instituto, que, segundo ele, teria ocorrido sob ordens diretas do Presidente da República.
“De forma estranha e pouco transparente, dez pessoas foram efetivadas. O Diretor-Geral afirmou que o ato foi instruído pelo Presidente da República. Com essa gestão marcada por opacidade e desorganização, consideramos que não há condições para que o atual responsável continue à frente da instituição”, declarou.
O sindicato advertiu que poderá tomar medidas mais drásticas, incluindo a paralisação das atividades no setor, caso não haja esclarecimentos e mudanças na direção do INFISCAP.