FONTE: RFI
Cinquenta médicos que se deslocaram à Venezuela, em Março de 2024, para se especializarem em diferentes ramos dizem que desde que foram para Caracas nunca mais receberam salários que devem ser pagos pelo Governo guineense.
Um porta-voz do grupo, o médico Emerson Nabilam, disse à rádio Sol Mansi de Bissau, numa entrevista por telefone, que a sua situação é insustentável e poderá piorar se não lhes forem pagos salários nos próximos dias.
O ministro da Saúde guineense, Pedro Tipote, reconheceu a existência da dívida, mas explicou que a situação se deve a uma decisão do ministério das Finanças em cortar salários a todos os funcionários públicos actualmente fora do país.
Pedro Tipote salientou que a situação está a ser resolvida e que os médicos na Venezuela vão receber os salários em atraso, conforme as orientações do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.
O ministro da Saúde adiantou que a situação se vai resolver até porque nos próximos dias deverá seguir para a Venezuela mais um grupo de 80 jovens que aí vão receber formação na área da medicina.
Pedro Tipote disse que a Venezuela está a ajudar a Guiné-Bissau a formar quadros na área da medicina, sobretudo especialistas que, afirmou, fazem falta ao sistema de saúde do país.