Eleições no STJ: Denunciado suborno de dois milhões e quinhentos de franco CFA

As eleições no Supremo Tribunal de Justiça deverão acontecer no dia 16 de maio, tendo dois candidatos à liderança da corte suprema guineense, nomeadamente Arafam Mané e Aimadu Sauané.

Eleições para o cargo do Presidente e Vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça ocorrerá após vários episódios, desde a renúncia de José Pedro Sambu, alegadamente motivada pela ocupação militar a corte suprema guineense, na qual Lima André assumira interinamente a presidência que também, recentemente, por meio de uma  alegada carta tenha pedido a jubilação.

Ao Programa Debate Nacional da Rádio Capital FM, de último fim de semana, o jurista Luís Vaz Martins denuncia que “os juízes do Supremo Tribunal de Justiça estarão a receber subornos de dois milhões e quinhentos Francos CFA, para votar num candidato” à liderança daquela instância judicial.

Luís Vaz Martins revelou no programa Debate Nacional, da CFM, a existência de um recurso que, sem o seu desfecho, as eleições não devem ter lugar no Supremo Tribunal de Justiça.

“Concordo com Sissoco, que  identificou  cedo de que no poder judicial estão lá bandidos e bandidas, acabou por mostra que  ele soube utilizar  as pessoas que nunca deveriam parar no poder Judicial”, descreveu o jurista, adiantado que há suborno de dois milhões e quinhentos francos CFA, que cada delegado, de acordo com Vaz Martins “deve fotografar boletins de voto”.

O professor universitário Beto Infanda, também painelista de debate da Rádio Capital FM, é de opinião que, “pela forma como o processo das eleições tem sido conduzido, no Supremo Tribunal de Justiça, poderá desencadear em conflito”.

“Tudo o que iniciou mal, não se pode esperar que tenha bom resultado. Acompanhamos desde primeiros momentos, onde o presidente não altura foi retirado pela força”, recordou o docente que alerta para “conflito “ caso persista a tendência no Supremo Tribunal de Justiça.

Infanda falou ainda de "negociata" no Supremo Tribunal de Justiça, situação que disse no debate da Rádio Capital FM, ter o único propósito “manter o regime no poder “.