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Em entrevista a Marc Perelman, no programa En tête à tête, o político da oposição Domingos Simões Pereira disse temer “a ameaça” do Presidente Umaro Sissoco Embaló de instalar uma ditadura na Guiné-Bissau.
Domingos Simões Pereira afirma que, atualmente, “não há Presidente da República porque ultrapassou o seu mandato”, que deveria terminar a 27 de fevereiro de 2025. Domingos Simões Pereira apelou ainda à França para que reveja a sua posição relativamente ao Presidente Umaro Sissoco Embaló.
A oposição ao Presidente Umaro Sissoco Embalo reuniu-se em Paris no final de abril para “unir forças para lutar contra a instauração de uma ditadura” na Guiné-Bissau.
Para Domingos Simões Pereira, líder da oposição da Guiné-Bissau e antigo primeiro-ministro, “esta reunião marcou um ponto de viragem”, uma vez que a oposição renovou o seu compromisso de garantir que o país possa “regressar à ordem constitucional e que esta revisão da ordem constitucional se faça em paz e estabilidade”.
Domingos Simões Pereira questiona a legitimidade de Umaro Sissoco Embaló porque o seu mandato teve início em fevereiro de 2020 e deveria ter terminado em fevereiro de 2025: por altura das próximas eleições, o mandato do Presidente terá durado mais do que os cinco anos estipulados pela Constituição.
Afirma que “actualmente não há Presidente da República porque este ultrapassou o seu mandato”, descrevendo também um vazio institucional.
As eleições estão previstas para novembro de 2025. Com a comissão eleitoral a terminar o seu mandato, o antigo primeiro-ministro teme a falta de transparência nestas eleições. No entanto, Domingos Simões Pereira diz-se disponível para ser o candidato único da oposição.
Por último, Domingos Simões Pereira apelou à comunidade internacional para que se mantenha vigilante em relação ao apoio que possa dar ao Presidente da Guiné-Bissau e disse estar “chocado” com o apoio da França ao Presidente Umaro Sissoco Embaló. Domingos Simões Pereira apelou ainda a Paris para que reveja a sua posição.