25 de Abril de 1974 a 25 de Abril de 2025, decorridos 51 anos após a Revolução dos Cravos me apraz avivar a memória histórica do seguinte:
Dificilmente se encontraria ex: colónia mais simbólica para assinalar o fim da aventura Imperial Europeia.
Quinhentos anos antes fora encontrada por marinheiros portugueses em busca de uma passagem marítima para a Costa da Guiné, com vista a obterem o controlo do comércio de ouro e de escravos. E esses marinheiros, contornado a difícil costa, descobriram os sistemas de ventos e correntes que abriram o caminho ao Novo Mundo, ao Cabo de Boa Esperança, assim como o tão almejado caminho marítimo para a Índia.
Num certo sentido, nos impele afirmar com toda convicção de que TUDO ACABOU ONDE COMEÇOU.
Esta afirmação mostra as consequências dos acontecimentos na então Guiné-Portuguesa para o fim do último Império Colonial Europeu (que pertencia a Portugal) no continente berço da humanidade.
A Derrocada final do retrógrado Império Colonial Português começou com a proclamação unilateral da Independência Nacional da Guiné-Bissau no dia 24 de Setembro de 1973 levada a cabo pelo PAIGC. Este histórico acontecimento desempenhou um transcendente papel no processo de aparecimento do Movimento das Forças Armadas (MFA) ou simplesmente Movimento dos Capitães de Abril, que derrubou em 25 de Abril de 1974 o regime fascista de Salazar e Caetano. Este indelével evento histórico protagonizado pelos jovens Capitães do Exército Colonial Português ficou conhecido universalmente por Revolução dos Cravos.
Bxo, 25.04.2025
José da Cunha
