FONTE: RSM
O politólogo e comentador permanente da Rádio Sol Mansi, considera que a confirmação de expulsão da missão de alto nível da CEDEAO por parte de Umaro Sissoco Embaló, vem agudizar mais a crise política na Guiné-Bissau.
Rui Jorge Semedo que falava esta terça-feira, 04 de março, à rádio Sol Mansi numa análise sobre a posição de Embalo em relação a expulsão da delegação de alto nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, destaca que a atitude de Sissoco, não só agudiza a crise política, mas também fragiliza as instituições da república e, sobretudo, numa situação de isolamento do país no cenário comunitário.
“Acho que esta atitude vai contribuir para agudizar a crise política na Guiné-Bissau e, fragilizar as instituições da república ao mesmo tempo, isolar o país no cenário comunitário”, destacou.
O politólogo considera que o país está perante a desordem na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, ou seja, a fragilidade desta organização que é CEDEAO.
“Por um lado, é um erro cometido pelo presidente de ponto de vista diplomático, por outro lado, demonstra a fragilidade da CEDEAO e neste caso demonstra que a CEDEAO está a viver uma crise mais profunda do que da Guiné-Bissau, ou seja, uma desordem”, observou Rui Jorge Semedo.
Em relação à ameaça de Umaro Sissoco Embaló em afirmar que nenhum candidato com dívida do estado pode concorrer às eleições, Rui Jorge Semedo, disse que seria melhor Embalo ter um discurso que possa convidar todos os atores para uma mesa de conversa a fim de encontrar a solução da crise.
“Esta declaração não é da competência constitucional do presidente da república sobretudo no contexto de crise política Constitucional uma vez que o término do mando do presidente, era, mas fácil o presidente ter um discurso que possa levar os atores numa mesa para encontrar solução em vez de ameaçar”, atirou politólogo Rui Semedo.
Refere-se que, ontem, Umaro Sissoco Embaló havia alertado que quem tem dívidas com o Estado que as pague agora, caso queira ser candidato, prometendo manter encontros com os partidos a fim de emitir decreto que irá oficializar 30 novembro para eleições.
