FONTE: JORNAL ECONÓMICO
Avança o JE que o administrador demitido do Novobanco usou, pelo menos, mais três bancos, além da instituição financeira onde trabalhava, para fazer depósitos em dinheiro vivo. Ministério Público investiga suspeitas de fraude fiscal e branqueamento.
Carlos Brandão, administrador demitido do Novobanco, está a ser investigado pelo Ministério Público tendo em conta operações financeiras suspeitas “na sua esfera pessoal”. O JE avança esta sexta-feira que as transferências e os sucessivos depósitos feitos em dinheiro vivo no Novobanco (num valor compreendido em cerca de 500 mil euros) também foram efetuados com a utilização de mais três bancos além daquele para o qual trabalhava.
Avança o JE que Carlos Brandão utilizou a CGD, o Santander e o Bankinter (o administrador já tinha trabalhado nestes dois últimos e por isso ainda mantinha contas abertas nessas entidades) para depositar dinheiro vivo. Além disso, foram ainda efetuadas operações imobiliárias que envolvem a mulher do ex-gestor, que também foi constituída arguida neste inquérito.
Conhecedor das regras dos movimentos financeiros para não fazer soar as campainhas de alarme, o gestor realizou inúmeros depósitos abaixo dos 10 mil euros. Este é o limite acima do qual o banco é obrigado a perguntar ao cliente a origem dos fundos, sendo que movimentos suspeitos e recorrentes de valores mais baixos (como cinco mil euros) também podem ser reportados.