A Rede Oeste Africana para Edificação de Paz ( WANEP-GB) exige o esclarecimento cabal sobre escândalo financeiro que supostamente envolve ex-administrador de Novo Banco em Portugal e um membro do governo da Guiné-Bissau.
“A sociedade civil, sendo parceiro estratégico do Estado na implementação das políticas públicas, continuará a oferecer soluções criativas para os problemas existentes, exercerá o controlo social, e fará a avaliação das políticas públicas, mas sobretudo, da avaliação do uso do erário público, pelo que espera por parte do Ministério Público guineense, um esclarecimento cabal do caso Novo Banco sobre branqueamento de capitais que envolve a Guiné-Bissau”, disse a ativista guineense.
A Coordenadora da WANEP-GB é de opinião que “se o Estado Guineense vencesse sua batalha contra o medo, não teria que fazer muitos sacrifícios em relação a restrição de liberdades e direitos em 2024”, frisando que “inicia o ano 2025 neutralizando seu medo, criando ainda um medo associado as intimidações e apreensões”.
“(…) A democracia é um valor inegociável, e aprimorá-la, deve constituir um desafio constante para todos nós, cidadãos e governantes em particular”, sublinhou, tendo referido que “governar e pensar que todo o mundo dirá, Sim Senhor, só pode ser um conto de fadas”.
Para a ativista guineense “o ano 2025 será o ano de resgate a democracia, em degradação aguda desde da queda do parlamento em Dezembro 2023, não obstante o terreno marcado por um ambiente de incerteza do processo eleitoral. Pois, um dos pilares fundamentais para o aprofundamento da democracia é a participação cidadã”.
“Aliás, quem vence sem riscos, triunfa sem glórias. E o maior ganho que este regime poderia proporcionar a sociedade civil guineense, é governar para o povo, priorizando a educação, a saúde e a justiça”, anotou.
De acordo com Dos Santos Indique “é necessário garantir que todos os segmentos da sociedade tenham voz e sejam ouvidos nos processos de formulação e tomada de decisão, através de criação de espaços de diálogo e mecanismos que permitam uma participação efetiva da população, como conselhos populares, audiências públicas e ferramentas digitais de escuta e de participação para a promoção da transparência, a eficiência no uso do erário público”.
Bissau, 17 de janeiro de 2025