Por: Carmelita Pires
Não há sinais de que na situação do país se reverta o status quo. O Estado está entregue a um grupo de pessoas, com chefia determinada, que o coloca, e a nós também, numa situação de indefinição total. Este, o Estado, denominado de Narco-Estado, Estado frágil, Estado subdesenvolvido e até de Terceiro Mundo. Todavia, aqui, cada vez mais poucos, face à assumida repressão de Estado, sabemos o que escrevemos. De facto, fomos instruídos para o saber e o fazer. Ademais, muitos, fomos superiormente formados com distinção e formatados nesse sentido, ou seja, chamar as coisas pelo nome, via as flores da luta.
O país está um caos!
Nunca o país de 50 anos de independência esteve em tamanha indefinição. Neste país há suspeições de organizações criminosas, de terrorismo de Estado, de promoção do islamismo extremo, mas também de narcotráfico. Neste país, temos algumas certezas: corrupção efetiva e efetivada ao alto nível como sistema, subserviência total do judicial e judiciário, impunidade extrema da criminalidade identificada. Mas, ainda temos mais certezas num país de inexistência de estatísticas: a pobreza extrema aumentou exponencialmente.
O país está um caos!
Estamos reféns do sistema quase consolidado, perseverante e prevalecente. Reféns de manobras dilatórias para nos por de joelhos em prejuízo do Estado de Direito e da Democracia Republicana institucionalizada há 5 décadas, porque basta ler a proclamação deste Estado. Reféns de tudo que seja alternativa democrática. Não se avizinham soluções disponíveis e visíveis para as mulheres e jovens, que são a maioria desta população. A Saúde é um salve-se quem puder, a Escola e Educação é um Deus nos acuda, enquanto a Justiça é uma miragem.
O país está um caos!
Efetivamente, o país e Estado, nós próprios, estamos reféns do poder da força e da força do poder, sobreposta aos valores nacionais, legítimos e legais. Gente básica e mal preparada, bem armada, de ímpetos malévolos, definem diariamente o nosso destino. Até se vai ao quartel principal para consolidar tamanha desfaçatez, maldade, penúria e tudo o que justificar remar contraventos e marés (NÓS).
O país está um caos!
