quarta-feira, 11 de setembro de 2024

CABRAL NÃO MERECIA TAMANHA FALTA DE RESPEITO: "Disputas" no centenário de Amílcar Cabral

FONTE: LUSA



NA QUINTA-FEIRA (12.09), DATA EM QUE SE ASSINALA O NASCIMENTO DE CABRAL (12 DE SETEMBRO DE 1924), O GOVERNO INAUGURA O BUSTO DE AMÍLCAR CABRAL, NO LARGO DO MERCADO CENTRAL E A ESCASSOS METROS DA CASA ONDE O LÍDER REVOLUCIONÁRIO NASCEU HÁ 100 ANOS, TENDO O PARTIDO AFRICANO DA INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE (PAIGC) AGENDADO UMA SÉRIE DE ATIVIDADES, TAMBÉM EM BAFATÁ, NO ÂMBITO DAS CELEBRAÇÕES DO "SETEMBRO VITORIOSO".

As atividades, que incluem o congresso da organização das mulheres e um simpósio internacional do centenário, têm o seu ponto alto quinta-feira e decorrem sob o lema "Cabral Ka Muri" (Cabral não morreu).


A vice-presidente do PAIGC, Dan Yalá, disse que apenas espera que as autoridades autorizem o partido a "colar os cartazes do centenário de Cabral" nesse dia. 


Em julho, o Governo, através do Ministério da Administração Territorial e Poder Local, determinou a proibição de afixação de placas, outdoors e outros materiais que possam aludir à celebração do centenário de Amílcar Cabral em lugares públicos, sem o consentimento das autoridades.


A proibição, refere um despacho então publicado, deve-se ao facto de o Governo estar a preparar uma homenagem ao fundador da nacionalidade que deverá decorrer entre setembro e novembro, para culminar juntamente com o 60.º aniversário da criação das Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP).


Proibições desapontam sociedade


Ainda no dia 12 de setembro, em Bissau, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, fará, num hotel da capital, a deposição de coroas de flores para assinalar o Dia da Nacionalidade e será aberta, no Centro Cultural Francês, uma exposição de fotografias e material sobre Amílcar Cabral.


No mesmo dia, serão inauguradas algumas ruas na capital guineense, alvo de obras de reabilitação. A nível da sociedade civil, o dia 12 de setembro será marcado pelo simpósio internacional "Amílcar Cabral um património nacional e universal", no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP).


O simpósio "Amílcar Cabral, um património nacional e universal" decorre em simultâneo em Bissau e na cidade da Praia, Cabo Verde.


A organização não-governamental No Raiz (a nossa raiz) lamentou, entretanto, a decisão das autoridades em proibir "que se celebre Cabral em público".


 O líder da associação, Carlos Pereira, afirmou que a No Raiz "tinha programado realizar muitas atividades em memória de Cabral, que queria iniciar no dia 1 de setembro, sendo objetivo "fazer uma reflexão em toda a parte da Guiné-Bissau" para homenagear o nacionalista. "É de se lamentar, quando se sabe que Cabral lutou pela democracia", declarou.

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