BOZIZÉ QUEBRA ACORDO DE EXÍLIO COM UMARO SISSOCO EMBALÓ E AUMENTA TENSÃO NA REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA
O ex-presidente da República Centro-Africana (RCA), François Bozizé, voltou a desafiar os termos de seu exílio na Guiné-Bissau ao demitir o chefe de Estado-Maior da Coligação dos Patriotas para a Mudança (CPC), principal grupo rebelde da RCA.
A ação de Bozizé levanta questões sobre o acordo de exílio e aumenta a tensão na já volátil situação da RCA.
A demissão de Mahamat, líder do mais poderoso grupo armado da CPC, ocorre dias após o general anunciar um cessar-fogo unilateral e abertura para negociações de paz com o governo da RCA.
Bozizé justificou a demissão alegando "indisciplina notória", "insubordinação" e ações contrárias aos objetivos da coligação.
A decisão de Bozizé coloca em xeque o futuro da CPC e das negociações de paz com o governo de Faustin Archange Touadéra. A retirada de Mahamat, figura militar de peso, pode levar a uma fragmentação da CPC e intensificar os conflitos internos.
Enquanto isso, o silêncio da Guiné-Bissau sobre a violação do acordo de exílio por parte de Bozizé levanta dúvidas sobre a capacidade do país em garantir o cumprimento do acordo.
A comunidade internacional a situação, preocupada com o impacto da instabilidade na RCA e a possibilidade de escalada da violência.
Bissau, 08 de Agosto de 2024