FONTE: RFI
O Presidente da Guiné-Bissau deu esta segunda-feira uma conferência de imprensa de mais de três horas a jornalistas nacionais para abordar a situação política, económica e social do país. Umaro Sissoco Embaló abordou também a situação da política externa do país, nomeadamente o mandado de captura emitido contra o ex-Presidente da RCA, Bozizé, exilado em Bissau.
Foi um encontro onde Umaro Sissoco Embaló falou de tudo um pouco. Começou por falar da sua relação com os jornalistas. Admitiu que não tem sido fácil, mas que da sua parte não existe nenhuma intenção malévola.
Disse que por ter apontado o combate contra à corrupção e o narcotráfico como bandeiras da sua governação, às vezes é incompreendido, até pelos seus aliados políticos.
Umaro Sissoco Embaló notou que antes de chegar à Presidência da Guiné-Bissau já tinha realizado alguns dos seus sonhos e que apenas aufere um salário mensal de 1.800 mil francos CFA (cerca de 2.700 euros) enquanto Presidente da República.
Refere ainda que em quatro anos, fez mais do que os antigos governantes desde a independência, por exemplo, que na próxima semana será inaugurado o primeiro centro de hemodiálise na Guiné-Bissau.
Sissoco Embaló aproveitou a ocasião para falar da tentativa de golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2022 e dar alguns pormenores sobre o que se terá passado.
Nesse particular, acusou o ex-primeiro-ministro Nuno Nabiam de saber da conjura. Sissoco Embaló falou do ex-Presidente da República Centro Africana, François Bozizé, exilado na Guiné-Bissau, desde Março de 2023, alvo, desde Maio último, de um mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional.
A Guiné-Bissau não permite a extradição e Bozizé não será extraditado enquanto Embaló for Presidente.