quarta-feira, 10 de julho de 2024

OPINIÃO AAS - Não. Nem por cima dos nossos cadáveres.

A última cimeira da CEDEAO, no que ao nosso país diz respeito, foi uma vergonha - até diplomática, basta ver as declarações da União Europeia e da União Inter-parlamentar - que se podia perfeitamente evitar. Dois parágrafos ditaram (pensam eles que sim) o destino dos quase dois milhões de almas que povoam a Guiné-Bissau.

Mas quem tem a testa na cabeça percebeu há muito que no que diz respeito à CEDEAO, quanto pior estiver o Povo da Guiné-Bissau, melhor para eles. Fica-vos mal.

Para a CEDEAO, ver o Povo guineense com fome, sem educação nem saúde é uma maravilha; Ter falta de liberdades (de expressão, de reunião, de manifestação) deve dar um gozo do caraças aos obtusos. O que dizer então quando manifestantes pacíficos são perseguidos, detidos e torturados?; ou de cidadãos indefesos que são raptados, espancados e abandonados à sua sorte? Deve dar cá um tesão...

Se não me falha a memória, acho até que a Guiné-Bissau é o único infeliz da CEDEAO que, ano sim, ano sim é espezinhado pelos próprios chefes de Estado da sub-região, com decisões estapafúrdias, sem pés nem cabeça, completamente desfasadas da realidade.


Para esses chefes de Estado da sub-região, a Guiné-Bissau não passará de um simples e insignificante ponto no mapa - não terá leis quanto mais uma Constituição - e portanto só poderá ter um chefe.


Esta intromissão desavergonhada da CEDEAO - própria de cobardes - tem sido e foi novamente feita nas nossas costas, na sombra, desprezando por completo a nossa Carta Magna - a Constituição da República da Guiné-Bissau.


A própria União Africana deve ser chamada ao barulho, pois se delega à CEDEAO uma responsabilidade e esta não cumpre, há que assacar responsabilidades.


Esta foi uma decisão intolerável, totalmente inaceitável, que pode mesmo ter consequências imprevisíveis ao nível da sub-região (o Mali, o Burkina Faso e o Níger são exemplos claros, recentes). Assim, por ser inaceitável, a intromissão da CEDEAO tem de ser firmemente rechaçada.


Guineenses,


Para a CEDEAO, o Povo guineense é como o ponto G - ou seja, não passa, digamos, de um mito urbano. Esta percepção, persistente mas errada, tem de acabar! A CEDEAO foi (novamente) longe demais.


Mas eu, enquanto parte do Povo, tenho um consolo: a CEDEAO não voltará a pisar a nossa Constituição e sair sem deixar marcas - como um gato. Não. Nem por cima dos nossos cadáveres!!! António Aly Silva

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