Hospital em Colapso: Falta de Medicamentos e Equipamentos Exacerbam Crise de Saúde na Guiné-Bissau

O Hospital Nacional Simão Mendes, o principal centro de saúde da Guiné-Bissau, encontra-se em estado de colapso. A paralisação total dos serviços de urgência expõe uma grave crise de saúde pública, denunciada pelo presidente da Liga dos Direitos Humanos, Bubacar Turé. Segundo ele, a falta de medicamentos e recursos básicos, como folhas para registrar doenças, demonstra uma irresponsabilidade extrema por parte do governo guineense.

A infraestrutura hospitalar, que deveria contar com três fábricas de oxigênio, está praticamente inoperante, com apenas uma fábrica em funcionamento. Esse cenário torna impossível a realização de cirurgias e compromete gravemente a assistência médica.

Bubacar Turé acusa diretamente o ministro das Finanças de recusar a transferência de fundos essenciais para a melhoria das condições hospitalares. A Liga dos Direitos Humanos condena a gestão atual do governo, afirmando que a vida dos pacientes está sendo colocada em risco devido à má administração dos recursos.

"Há recursos disponíveis, mas o governo escolhe esbanjá-los em viagens desnecessárias, em vez de investir na saúde da população", afirmou Turé. Ele apelou ao Ministério Público e à Polícia Judiciária para abrirem um inquérito sobre a gestão hospitalar.

A Liga dos Direitos Humanos exige o desbloqueamento urgente das verbas necessárias para o funcionamento adequado do Hospital Nacional Simão Mendes. "É uma questão de responsabilidade e de humanidade. A situação não pode continuar assim", concluiu Turé.

Por: Jorge Dafa