sexta-feira, 21 de junho de 2024

CRISE POLÍTICA - Solução é "demissão em bloco do Governo"

FONTE: DEUTSCHE WELLE

A crise política na Guiné-Bissau voltou a adensar-se com a demissão de três membros do Governo de iniciativa presidencial, afetos à APU-PDGB. É um partido que está de costas voltadas com o Presidente Sissoco.

A crise política que começou em dezembro passado com a dissolução do Parlamento pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, ganhou novos contornos na terça-feira (18.06). Três membros do governo de iniciativa presidencial, pertencentes à Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), pediram a demissão.

O analista político Luís Peti aplaude a decisão, mas não esquece o papel do partido do antigo primeiro-ministro Nuno Nabiam na consolidação do que diz ser o "poder absolutista" de Umaro Sissoco Embaló. 

"Vimos que APU-PDGB é um dos responsáveis por tudo o que tem acontecido na Guiné-Bissau. O APU-PDGB e o seu presidente faziam parte do regime e foram protagonistas também dos atos cometidos pelo Presidente da República [Umaro Sissoco Embaló], porque o próprio presidente do APU-PDGB [Nuno Nabiam] foi primeiro-ministro durante três anos do mandato do presidente da República", constata.

SISSOCO CANSADO DE LUTAS POLÍTICAS

Entretanto, o partido de Nabiam decidiu retirar a confiança política ao chefe de Estado. Acusa Umaro Sissoco Embaló de ser o autor moral e material da deterioração da democracia guineense, tendo apelado, por isso, aos seus dirigentes a abandonarem o Governo. 

Os membros do APU-PDGB que deixaram o governo de iniciativa presidencial são Augusto Gomes, ministro da Cultura, Juventude e Desportos, Valentino Infanda, ministro da Energia, e Gracia Bedeta, secretário de Estado da Juventude. 

Horas antes de assinar o decreto que exonerou os membros do APU-PDGB do Governo, o Presidente da República admitiu estar cansado de lutas políticas e de falta de seriedade política: "De há um tempo para cá, tem-se verificado muita infantilidade política, mas tudo tem limite. Agora basta!"

Vários analistas temem que a saída dos membros do APU-PDGB agudize a situação política no país, numa altura em que ainda não se sabe para que eleições se vai votar este ano. Não se sabe se é para as legislativas, que o Presidente da República defende, ou para as presidenciais, defendidas pelas principais forças políticas locais. 

Segundo o jornalista Bacar Camará, só há uma saída agora: "O ideal agora seria a demissão em bloco do Governo e a devolução do poder ao PAIGC, porque o legítimo dono do poder é o PAIGC e a coligação PAI-Terra Ranka, que ganhou as últimas eleições [legislativas] com maioria absoluta."

O jornalista diz que "qualquer outra solução seria paliativa e continuaria a agudizar a crise" política.

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