FONTE: ANG
O antigo primeiro-ministro e militante do Partido da Renovação Social (PRS), afirmou hoje que deixou de ser militante desta formação política, tendo suspendido o seu estatuto de militante.
O politico fez estas declarações numa conferência de imprensa, na qual falou dos motivos do seu silêncio nos últimos tempos, face as divergências latentes no partido.
Disse que, na qualidade de socialista que opta pela ideologia da esquerda e devido a opção do partido de mudança para um PRS/Social Democracia decidiu rescindir a sua militância .
Questionado sobre de que lado está na briga política interna do PRS, que opõe certos militantes à direção liderada pelo Fernando Dias, Sanhã disse que não tem lado, e que o próximo congresso do partido vai ter um “mau desfecho”.
“(Fernando) Dias herdou o partido numa situação muito caótica e que acabou por explodir agora . Cabe a ele gerir o momento aplicando a sua inteligência, caso isso não acontecer vai lhe custar caro”, disse.
Falando sobre se o país deve ir primeiro para eleições legislativas ou presidenciais, Artur Sanhã é da opinião de que a eleição não será solução para a Guiné-Bissau, uma vez que a precariedade de Estado é enorme e cada decisão tomada pensando em sanear uma situação pode ter efeitos contrários.
Sanhá diz que o acordo entre PRS, APU e MADEM-G-15, pode ser uma tentativa de ver um sonho se realizar, mas quando aproximar as eleições a falsidade ou a separação será sentida.
“Deve-se esperar para ver. A democracia sem parlamento é uma utopia, e os partidos políticos passam a ser uma mera fazedores de opinião”, disse.
Sobre a atual situação política do país, o ex-governante admite que ainda não se chegou ao “caos”,pelo que uma saída ainda é possível. Sugere como caminho para a saída , um diálogo inclusivo “desde o Chefe de Estado ao mais simples cidadão”.
Sanhá disse que dentro de duas semanas reaparecerá ao público com uma proposta de saída da atual situação socio-politico do país.