Na Guiné-Bissau, nos últimos dias, circularam informações, nos órgãos de comunicação social guineenses, em como teria sido desmantelada uma rede terrorista em Gabú, no leste do país. A Polícia Judiciária disse, porém, à RFI que nada disso corresponde à verdade.
De acordo com a Polícia Judiciária, aquelas pessoas fazem parte de uma rede de tráfico de seres humanos. Das investigações que a PJ fez nada deixou transparecer que seriam terroristas.
A rede seria constituída por indivíduos do Mali e da Guiné-Conacri, instalados em Gabu, a 200 quilómetros a leste da Guiné-Bissau. Essa rede alicia jovens do Mali, da Guiné-Conacri e da Mauritânia com a promessa de que em Gabu poderiam ter trabalho facilmente.
Na realidade, disse a PJ, o esquema era tirar dinheiro a essa gente que era mantida numa espécie de cárcere privado. Após denúncias das autoridades de Gabu, a PJ fez deslocar uma equipa de agentes até à cidade.
Neste momento, foram encarcerados, em Gabu, 5 cabecilhas da rede e mais de 50 pessoas. Vítimas também foram detidas.
Sobre a alegação de populares de Gabu de que aquelas pessoas estariam a fazer treino militar pela calada da noite, na antiga pista de aviação da cidade, a PJ diz que nada disso é verdade.
A PJ diz também que algumas dessas pessoas praticam artes marciais durante a noite e nas primeiras horas do dia. Os líderes da rede foram presentes ao Ministério Público na quarta-feira.