quarta-feira, 15 de maio de 2024

"Forte campanha do caju" impulsiona economia na Guiné-Bissau

FONTE: LUSA 

O Banco Mundial previu hoje um crescimento de 4,7% para a economia da Guiné-Bissau este ano, devido à "forte campanha do caju", mas alerta para os riscos das alterações climáticas e da instabilidade política.

“Os primeiros sinais indiciam uma forte campanha do caju em 2024, o que sustentar um crescimento do Produto Interno Bruto de 4,7%”, lê-se no relatório económico da Primavera sobre o país, divulgado pelo Banco Mundial, que aponta para uma expansão menor que os 5% previstos pelo Fundo Monetário Internacional em abril.

A produção de caju, a principal exportação da Guiné-Bissau, “deverá ser forte devido às favoráveis condições climatéricas e aos dividendos resultantes dos investimentos na Agricultura nos últimos anos”, acrescenta-se no relatório, em que se salienta que, “ao contrário dos últimos dois anos, as exportações devem melhorar substancialmente devido à autorização de utilização de rotas terrestres para exportação, combatendo o tráfico”.

No que diz respeito aos riscos para a economia deste país lusófono africano, o Banco Mundial elenca a instabilidade política, os choques no mercado internacional de caju e as alterações climáticas como os mais importantes.

“A crise constitucional de dezembro de 2023 e a incerteza no calendário eleitoral causaram instabilidade política, dizem os economistas do Banco Mundial, alertando que “a estabilidade é crucial para manter o empenho das autoridades na implementação de um quadro de políticas que incluem a consolidação orçamental e o endividamento prudente, necessários para colocar a dívida pública numa trajetória consistente de redução e atingir a sustentabilidade da dívida a médio prazo”.

O parlamento guineense foi dissolvido em 04 de dezembro do ano passado, antes do prazo constitucional previsto, dado que tinha saído das eleições realizadas cerca de seis meses antes e a Lei Fundamental estipula um prazo mínimo de 12 meses.

Após a dissolução do parlamento, por decreto presidencial, o chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, demitiu o então primeiro-ministro, Geraldo Martins, depois de este recusar formar um Governo de iniciativa presidencial, e nomeou, em substituição, Rui Duarte de Barros.

Esta crise começou a ser desenhada na sequência de confrontos entre militares, nos passados dias 30 de novembro e 01 de dezembro.

Sissoco Embaló classificou esses incidentes de tentativa de golpe de Estado.

Os confrontos ocorreram na sequência da detenção de dois membros do Gove

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