sexta-feira, 10 de maio de 2024

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - GUINÉ-BISSAU EM QUEDA LIVRE

 O relatório de Desenvolvimento Humano 2023-204 figura a Guiné-Bissau na categoria dos países com baixo índice de desenvolvimento humano.

O estudo publicado hoje pelo Programa das Nações Unidas Para desenvolvimento (PNUD), em Bissau, indica que o país caiu de posição 177 para 179, a nível global.


A situação é considerada preocupante pelo governo guineense, que se fez representar no ato, pelo Ministro da Economia, Plano e Integração Regional. Soares Sambú, na ocasião, assegurou que o executivo está empenhado e vai continuar a tomar medidas para melhorar a situação.


O relatório relata também questões preocupantes sobre “o progresso desigual do desenvolvimento que está a deixar para trás os mais pobres, agravando a desigualdade e fomentando a polarização política à escala global”. Isso, segundo o documento, tem como consequência um impasse perigoso que deve ser urgentemente combatido por meio de uma ação coletiva.


Revela uma tendência preocupante: a recuperação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – um indicador sintético que reflete o rendimento nacional bruto (RNB) per capita, a educação e a esperança de vida – tem sido parcial, incompleta e desigual.


“As desigualdades globais são agravadas por uma concentração económica substancial. Como se refere no relatório, aproximadamente 40 por cento do comércio global de mercadorias concentra-se em três ou menos países e, em 2021, a capitalização bolsista de cada uma das três maiores empresas tecnológicas a nível mundial ultrapassou o produto interno bruto (PIB) de mais de 90 por cento dos países nesse ano”  - destaca.


O relatório defende que o avanço da ação coletiva internacional é dificultado por um «paradoxo da democracia» emergente: apesar de nove em cada dez pessoas em todo o mundo apoiarem a democracia, mais de metade dos inquiridos em sondagens globais manifestam o seu apoio a líderes que a podem minar, contornando as regras fundamentais do processo democrático, de acordo com os dados analisados no relatório. 


Metade das pessoas inquiridas em todo o mundo referem ter pouco ou nenhum controlo sobre as suas vidas e mais de dois terços consideram ter pouca influência nas decisões do seu governo.


Para mudar o cenário, o estudo apela à mudança de rumo. E, para isso, a representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD) diz que é preciso trabalhar para que o desenvolvimento humano consista na construção de capacidade humana para todos.


Para Alessandra Cassaza, o desenvolvimento sustentável deve estender-se além do mero crescimento económico para permitir aos indivíduos a terem maior controlo das suas vidas. Acrescentou ainda que é fundamental assegurar a sustentabilidade e a equidade, uma aspiração chave na agenda-2030, para o desenvolvimento sustentável.


Consulte o relatório completo em PNUD



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