Por: Catio Baldé
Estas eleições na verdade foram um duelo entre Macky Sall e Oussmane Sonko.
Obrigado ao Presidente Senghor. O seu investimento na educação do seu povo logo nos primórdios da vossa independência, negociada sem dar um tiro. Educou todo um povo com investimento na educação. Educou o povo para pensar com a sua cabeça e rejeitar toda e qualquer forma de tirania e ditadura.
Permitiu as greves dos sindicatos e manifestações estudantis, enquanto noutros cantos de África saídos das independências, os novos senhores do poder maltratavam e assassinavam em massa quem ousasse contestar o poder.
Assim, nasceram outras gerações que cresceram num país de liberdades e democracia. De Abdu Diop a Abdoulaye Wade. Com o surgimento de um jovem visionário e moderno, Macky Sall, suspirou-se numa primeira fase. Com a sua tenacidade, enfrentou o “velhote" Wade e ganhou.
Ninguém ousou pôr em causa o Macky Sall governante. É só ver o que é o Senegal de hoje - um país moderno e competitivo. Mas e ao Macky Sall democrata - o que aconteceu?
Simplesmente desastroso. Na sede de manter o poder e defender toda a burguesia, o Macky Sall transformou-se num politico maquiavélico e tirânico. Fazendo lembrar os velhos presidentes africanos dos anos 60, 70 e 80.
Acossado por um jovem turco, Oussmane Sonko, destemido e corajoso, a vida de Macky Sall nunca mais foi a mesma. Para a eliminação política de Sonko, tudo valeu e o filme está visto- culminou com a sua prisão e a remoção de partido Pastef e consequente proibição da sua candidatura. Macky Sall, desnorteado, abandonado e humilhado pelo tribunal constitucional, sai sem eira nem beira.
Voltando ao Presidente Senghor, digo obrigado. Foi graças à educação que gerou esta nova classe política de jovens ousados que recusaram a implantação da ditadura no Senegal e com o seu porta-voz e expoente máximo encarnado na pessoa de um jovem turco Oussmane Sonko.