FONTE: EXPRESSO
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Após a dissolução do Parlamento decretada por Umaro Sissoco Embaló e a nomeação de um governo de iniciativa presidencial, agravou-se a “disfuncionalidade” no país.
“O sistema semipresidencialista está a ser abusado” e persiste um “antagonismo pessoal” entre o Presidente guineense e o presidente do Parlamento, explica a investigadora e professora universitária Teresa Almeida Cravo. Oiça aqui o podcast O Mundo a Seus Pés.
Mais de um mês depois de ter dissolvido o Parlamento, ao arrepio do prazo inscrito na Constituição para o poder fazer, e de ter nomeado um novo primeiro-ministro, o Presidente da Guiné-Bissau apontou novas eleições legislativas para outubro/novembro.
Desde o decreto presidencial sobre a dissolução, Umaro Sissoco Embaló tem endurecido as críticas aos seus opositores e estão proibidos comícios e manifestações no país.
A Chatham House alerta para o risco de um novo golpe militar, que seria liderado por “fações desonestas do Exército em Bissau”, considerando que esse risco aumentou com a “insegurança” do final do ano passado e “a suspensão do Parlamento”.