FONTE: LUSA
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, defendeu, em entrevista à Lusa, que existe uma “boa coabitação” com o Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, e acredita que “é desta” que um Governo completará quatro anos, sem ser demitido.
Primeiro-ministro da Guiné Bissau fala em "boa" cohabitação com Presidente
Geraldo Martins, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, disse em entrevista que a cohabitação política com o Presidente Umaro Sissoco Embaló é "boa" e que há "respeito mútuo" entre ele e o chefe de Estado guineense.
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O primeiro-ministro Geraldo Martins qualificou numa entrevista à Agência Lusa a sua relação com o Presidente Umaro Sissoco Embaló como "boa", dizendo que esta é uma experiência democrática nova na Guiné-Bissau já que pela primeira vez o chefe de Governo e o chefe de Estado vêm de famílias políticas diferentes.
"Temos tido uma cohabitação política boa, o Presidente da República a desempenhar o seu papel e eu a representar o papel de primeiro-ministro e chefe de Governo. É evidente que isto é uma experiência nova, formalmente não tinha existido no passado, porque pertencemos a famílias política diferentes", declarou.
Geraldo Martins tomou posse no início de Agosto, na sequência dos resultados das eleições de Junho que deram a vitória à coligação PAI - Terra Ranka e já tinha prometido nessa altura uma convivência institucional saudável com Umaro Sissoco Embaló. Após alguns meses no Governo, o primeiro-ministro fala em "respeito mútuo" entre si e o Presidente.
"O mais importante para mim é que façamos cada um um esforço no sentimos de criarmos condições para que esta cohabitação seja saudável, com respeito pelas regras do jogo democrático, respeito pela Constituição e penso que há um respeito mútuo e pela minha parte vou continuar a trabalhar com o Presidente da República com todo o respeito, desempenhando o meu papel", afirmou.
Nas eleições de Junho, a coligação PAI-Terra Ranka obteve 54 mandatos sobre um total de 102 na Assembleia Nacional Popular e assinou acordos de incidência parlamentar e governativa com o PRS e com o Partido dos Trabalhadores Guineenses, que chegaram respectivamente no terceiro e quarto lugar no escrutínio.