FONTE: CFM
O Ministério Público desencadeou esta sexta-feira, 24, uma operação de busca e apreensão no Ministério das Finanças e na sede principal do Banco da África Oficial (BAO), em que o Governo é o principal acionista.
Do resultado da operação do Ministério Público, decorrente da operação de busca e apreensão junto do BAO e da Direção Geral do Tesouro e do Serviço de Dívidas Internas do Ministério das Finanças, a CFM apurou que constam o “cativo das contas do Tesouro Público e das empresas em causa e ainda apreensão de vários documentos para averiguação e passíveis de indícios de práticas de crimes”.
Entretanto, um alto funcionário do Ministério das Finanças e da Economia afirma que não houve nenhuma irregularidade quanto a operação do Governo, precisando que “é um procedimento normal”, e que todas as empresas que vão ser pagas foram auditadas antes pelo Tribunal de Contas. “Os últimos Ministros das Finanças que passaram por aqui, nomeadamente Ilídio Vieira Té e Aladje Mamadu Fadia, fizeram operação igual em diferentes contextos”, lembrou a fonte, avançando que “trata-se de uma exigência do FMI para que o Governo guineense retire do Banco da África Acidental como o principal acionista até o final do ano. É nesta perspectiva que um Banco da Mauritânia decidiu comprar as acções do Governo no BAO, mas sob condição do pagamento de todas as dívidas por parte do executivo aos terceiros”, diz a fonte.
Sabe-se, porém, que o Ministro das Finanças e da Economia, Suleimane Seide, vai estar no parlamento na segunda-feira, 27 de novembro, para falar aos deputados sobre o assunto.